Este website utiliza cookies
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais.
Fonte:
Fonte: Fenaseg On Line
Nem mesmo a crise financeira será capaz de interromper de forma significativa os avanços necessários para reduzir os danos causados ao meio ambiente. Mas os investidores mantém o compromisso de incentivar os investimentos em energias renováveis", aposta Lutz Cleemann, físico nuclear e conselheiro sênior em Desenvolvimento Sustentável do Grupo Allianz, durante palestra proferida quinta-feira (12) na Ecogerma.
O grupo Allianz é um dos maiores incentivadores de medidas para reduzir a poluição do planeta. Internacionalmente, informa, o grupo comprometeu-se em reduzir a emissão de CO2 em 20%, até 2012, além de investir 500 milhões de euros em fontes renováveis de energia, assim como em outros projetos sociais e sustentáveis.
Na prática, além de apoiar o desenvolvimento das energias renováveis, a seguradora tem um preço diferencial para segurados que utilizam carros de baixa emissão ou que façam em suas residências o uso eficiente da energia. Também oferece títulos climáticos que possibilitam aos investidores participarem do mercado em larga escala, além das soluções de seguro para a Captura e Armazenamento de Carbono aos parques eólicos além mar e projetos de carbono.
Em sua palestra, o executivo ressaltou a dimensão do mercado de carbono limpo. "De 2010 a 2050, necessitaremos de 14 mil turbinas de energia adicional", informou. Ele revelou que, apesar de mantido boa parte dos investimentos, a crise tirou a liquidez dos mercados, tornando o capital mais escasso. Como projetos de energias renováveis tem um retorno de longo prazo, muitos terão de aguardar uma estabilização do cenário financeiro para prosseguirem seu curso normal.
Cleemann abordou os diversos tipos de energias alternativas que vem sendo desenvolvida no planeta. A energia nuclear, por exemplo, vai desempenhar um importante papel na resposta aos problemas das mudanças globais, já que está livre das emissões de CO2, ressaltou Cleemann. "Mas devemos considerar algumas questões em aberto como o armazenamento final do lixo nuclear, os riscos políticos e aceitação pública", salientou. "Essa matriz é parte da solução, mas não resolve de maneira total", diz. Em 2005, a energia nuclear contabilizou 6,3% do fornecimento total de energia primária no mundo. Um ano depois, esse índice saltou para 16%. Atualmente, 33 reatores estão em construção, 94 foram planejados e 22 reatores foram propostos.
Já as tecnologias de carvão limpo, segundo Cleemann, se caracterizam como uma das fontes mais problemáticas largamente empregadas na China, Índia e Estados Unidos. "Nesse caso, a busca deve ser em separar o CO2 em vez de jogá-lo na atmosfera. Encontrar maneiras de coletar, armazenar esse dióxido de carbono é um desafio que precisa encontrar mais forças. Já temos acompanhado vários projetos de Captura e Armazenamento de Carbono (CAC)", informa. Por outro lado, ele destacou obstáculos como a ausência de uma regulamentação e de preço para esse CO2, além do alto custo de uma planta dessa natureza.
Em relação à matriz eólica, embora tenha aumentado o seu desempenho desde o seu surgimento na década de 80, esbarra em problemas de aceitação da sociedade quanto à instalação das turbinas cada vez maiores. Cleemann disse que esse fato tem provocado a colocação dessas máquinas offshore. Ou seja, em parques eólicos no mar. "Há vinte projetos no mar do Norte", citou. Para ele, a energia eólica também precisa sofisticar ainda mais sua tecnologia para águas profundas. No Brasil, essa utilização ainda é tímida: em 2007, ela registrou 247 MW de potência instalada. Mas segundo o Electric Research Institute (IIE), até 2015 essa geração deve representar 1,382 MW. E até 2030, 4,682 MW.
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais.