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Porta-voz da seguradora defende pagamentos efetuados


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Fonte: Gazeta Mercantil | Finanças e Mercados | SP

A AIG, seguradora que vem sendo severamente criticada por pagar bonificações, depois de ter recebido US$ 173 bilhões em ajuda do governo norte-americano, fez uma previsão orçamentária de US$ 57 milhões a título de "bônus de retenção" para funcionários que serão demitidos.
A AIG divulgou os pagamentos, parte de um programa maior de US$ 1 bilhão destinado a reter funcionários, em documento encaminhado à Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador das bolsas norte-americanas, em dois de março. A seguradora foi severamente repreendida na segunda pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por conceder US$ 165 milhões ao corpo de funcionários da divisão de derivativos, responsabilizada pelo quase colapso da empresa, e o procurador-geral do Ministério Público de Nova York, Andrew Cuomo, disse que vai intimar a AIG a apresentar detalhes desses pagamentos.

"Gastar US$ 1 bilhão em bonificações, num momento em que a empresa está em seu leito de morte, é ridículo, principalmente quando alguns desses salários irão para funcionários que a empresa pretende demitir", disse o parlamentar democrata Elijah Cummings, da Comissão de Supervisão e Reforma de Governo da Câmara dos Deputados.

A divulgação das despesas destinadas a "funcionários que deverão ser dispensados" pode sinalizar que a AIG está planejando cortes de pessoal, depois de deixar seu quadro total de funcionários de 116 mil pessoas inalterado no ano passado, segundo documentos encaminhados à SEC. O governo dos EUA salvou a empresa da falência em setembro do ano passado, e ela registrou o maior prejuízo trimestral da história dos EUA no período de três meses encerrado a 31 de dezembro.

"Como parte da reestruturação da empresa, vamos, no final, eliminar postos de trabalho que são, no momento, decisivos para manter as operações em curso e para desativar determinadas divisões", disse Christina Pretto, porta-voz da AIG. "Ocupar um desses cargos obviamente implica em ter futuro incerto pela frente, e cria um incentivo para deixar a empresa. Para conservar pessoas tão decisivas para certas missões, estamos lhes pagando bônus de retenção." O documento encaminhado à SEC no dia 2 de março não especificava quantos funcionários vão receber partes do montante de US$ 57 milhões.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Bloomberg News)


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