Notícias

Seguradora de olho nos projetos estruturantes do CE


Fonte: O POVO Online - CE,Brazil

Aseguradora alemã Allianz está de olho nos investimentos estruturantes do Ceará. Apresentando crescimento de 150% no Estado, em 2008, e faturamento de R$ 22 milhões, com uma carteira de 30 mil clientes, a empresa aposta na Refinaria Premium II, siderúrgica, ampliação do Porto do Pecém e usinas eólicas como novas oportunidades de negócio.

"Hoje (ontem) mesmo tenho reuniões para tratar destas propostas. Negociamos diretamente com as empreiteiras e existe o interesse da seguradora em administrar os riscos destes investimentos", disse o presidente da Allianz Brasil, Max Thiermann.

A expectativa dele é de que a empresa de seguros cresça ainda mais em 2009. "Esperamos faturar R$ 30 milhões no Ceará e mais R$ 15 milhões nos estados do Piauí e Maranhão", adiantou. No País há 105 anos, a Allianz Seguros tem 60 filiais, 1400 funcionários e apoio de 10 mil corretores, sendo 200 na sucursal cearense.

Quanto ao interesse em fechar negócio com empreiteiras que vão levantar a siderúrgica e refinaria, Thiermann avisa que primeiro é preciso ter a planta pronta para acertar o contrato. "Só pode deslanchar com o projeto feito e aprovado. Antes temos que analisar bem, entender as demandas da região", explicou. No entanto, o executivo deixou claro que a Allianz vai disputar os contratos de seguro de todos os investimentos previstos, inclusive o que diz respeito à jazida de Itataia.

A seguradora vai garantir em contrato a entrega das obras dentro do prazo e a construção e montagem dos projetos, além de cobertura de riscos de engenharia. Este último segmento, aliás, cresceu 282,2% no último ano, resultado que já é reflexo dos negócios provenientes do Porto do Pecém. "O Ceará tem sido um catalisador de investimentos e tudo que acontece na economia movimenta o setor de seguros. Hoje, não se consegue escovar os dentes sem seguro, já que o creme dental, escova e até a água são segurados pelos distribuidores", avalia Thiermann.

Sem crise
O presidente da Allianz garante que a crise econômica internacional, que devastou alguns escritórios de seguros pelo mundo, não chegou ao Brasil. "Algumas companhias nos Estados Unidos e na Europa têm bancos de investimento atrelados ao negócio. Aqui, o pouco que havia, não tem mais, por isso não sentimos a crise", explicou e ligou o crescimento da participação no mercado cearense a uma reativação na região. "Nos últimos três anos voltamos à ativa. Mudamos a gestão e voltamos com força no Nordeste", avaliou.

No setor de maior atuação da empresa, o seguro de automóveis, a companhia registrou um incremento de 131% sobre os resultados de 2007. "O crescimento foi decorrente tanto da ampliação da frota de carros no Estado como dos investimentos realizados para ampliar o atendimento aos seus clientes", disse Thiermann. Destacam-se também as carteiras de Incêndio, que dobrou de tamanho, Transportes, com alta de 33,4%; e Condomínios, crescimento de 28,8%.


« Voltar