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Congresso reestima socorro à AIG para US$ 182,5 bilhões


Fonte: Gazeta Mercantil - São Paulo,SP,Brazil


Nova York, 24 de Março de 2009 - O pacote de resgate financeiro da seguradora norte-americana American International Group (AIG) está avaliado em US$ 182,5 bilhões, de acordo com auditores do Congresso, quase US$ 10 bilhões a mais que as estimativas anteriores. O gabinete de responsabilidade governamental dos Estados Unidos (GAO, da sigla em inglês) chegou ao total ao incluir um empréstimo do Banco Central de US$ 60 bilhões; US$ 70 bilhões destinados a compras de ações preferenciais companhia; e até outros US$ 52,5 bilhões para que dois veículos comprem ativos ligados a hipotecas ou lastreados pela socorrida.

A AIG recebeu sua primeira dose de ajuda do governo em setembro do ano passado para salvá-la da concordata. A seguradora, sediada em Nova York, divulgou mais tarde uma perda de US$ 99,3 bilhões em 2008, incluindo o pior resultado trimestral na história americana, de US$ 61,7 bilhões. O total do resgate pode variar uma vez que a AIG muda a mescla linhas de crédito que usa. Autorizada em setembro a acessar US$ 85 bilhões, o montante foi reduzido para US$ 60 bilhões, enquanto mais ajuda era disponibilizada. A cifra para o empréstimo pode ser reduzida novamente até o final deste mês, de acordo com informações do GAO.

O porta-voz do Tesouro disse ontem que a estimativa de US$ 173 bilhões não contabilizava os US$ 9 bilhões que haviam sido alocados aos dois veículos do Federal Reserve porque o dinheiro não havia sido gasto. A AIG suplicou por seu quarto resgate financeiro ao dizer aos reguladores que o colapso da companhia poderia debilitar os fundos do mercado financeiro, forçar os bancos europeus a levantar capital, fazer que as companhias que fazem seguro de vida concorrentes entrassem em colapso e eliminar a participação dos contribuintes na empresa.

Pressionada a revelar como gastou os fundos dos contribuintes desde o resgate financeiro de setembro, a AIG informou no último dia 15 que US$ 105 bilhões foram para estados americanos e bancos de investimentos que fizeram negócios conduzidos por Goldman Sachs, Société Générale e Deustsche Bank.

A seguradora teve de recorrer aos EUA para obter mais ajuda depois que o principal executivo Edward Liddy não conseguiu levantar dinheiro suficiente vendendo unidades para pagar o primeiro resgate financeiro. O tumulto do mercado global de ações que reduziu o Standard & Poor's 500 Life & Health Insurance Index em mais de 60% no ano passado diluiu o pool de licitantes potenciais. A crise econômica "limitou a capacidade dos compradores de adquirir as maiores unidades do AIG", disse Liddy em 2 de março durante teleconferência para explicar os termos do último pacote de socorro recebido pela seguradora.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Bloomberg News)


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