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Jornal do Commercio-PE destaca importância do corretor de seguros


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Fonte : Sílvio Menezes



O Jornal do Commercio publicou em sua edição do último domingo (20), uma matéria destacando a importância do corretor de seguros. Leia, abaixo, a matéria na íntegra, produzida pelo repórter Sílvio Menezes.

Corretor deve prestar assistência 24 horas

Quem já se envolveu em acidentes de trânsito ou teve o carro roubado sabe que preço baixo não é o mais importante na hora de contratar um seguro. O fundamental é ter a assistência de um corretor

Quer saber a real importância do corretor de seguros, precise dele. Essa é a dica de quem se envolveu em acidente de trânsito ou teve o carro roubado e se viu obrigado a acionar o seu corretor. Apesar de a situação não ser das mais cômodas, é a melhor hora de separar o bom do mau profissional. Pois, ao contrário do que muita gente pensa, a função deles não se resume a vender a apólice. O verdadeiro corretor tem o dever de prestar assistência ao cliente durante toda a vigência do contrato. As suas atribuições são muitas e vão além do atendimento in loco.

Ele é o representante do cliente na seguradora. Dependendo do caso, o corretor pode agilizar a documentação da ocorrência policial, visitar oficina e driblar as dificuldades impostas pelas empresas seguradoras para pagar o prêmio e assessorar o consumidor durante o processo, visando amenizar o sofrimento do proprietário do veículo.

O empresário Paulo Jorge Paes Barreto, 38 anos, classifica como fundamental o papel do corretor no processo de acionamento do seguro. Em 2006, o empresário bateu seu veículo num ônibus durante a noite, no bairro do Arruda. Acionou o corretor e seguiu para o aeroporto porque tinha uma viagem de negócios para São


Paulo. "Meu corretor se encarregou de tudo. A única coisa que fiz foi pegar um laudo na companhia de trânsito e pagar a franquia. O resto foi tudo com ele", destacou.

Amparada em discursos como esses, a categoria faz questão de lembrar que não são meros vendedores e estão preparados para desatar qualquer nó. O recado é direcionado a donos de automóveis que pensam em comprar seguros diretamente a bancos, que cobram até 20% a menos pelo serviço dos valores praticados nas corretoras tradicionais. "Nos bancos você só fala com o funcionário no horário do expediente. Se precisar acionar alguém depois das 16h, vai ter de apelar para um serviço de telefone 0800 da vida", enfatiza o corretor Alexandre Barreto.

O universitário Paulo Morais, 26 anos, ilustra bem aqueles usuários que não contam com os serviços do corretor. Há três anos, contratou o seguro diretamente na concessionária onde comprou sua Saveiro zero-quilômetro. Ficou satisfeito por ter proteção a um preço acessível, mas lamentou profundamente por não ter a ajuda de um corretor quando bateram no veículo dele. "Eu liguei para o número e as atendentes só informaram o que eu tinha de fazer. Daí para frente, praticamente, tive de me virar sozinhorias vezes na oficina para acompanhar o serviço e gastei muita gasolina em busca dos documentos", recorda.

De acordo com Alexandre Barreto, o problema não existe quando há um corretor na jogada. Se ocorrer o sinistro na madrugada, eles podem chegar junto para prestar assistência. "Vamos no dia seguinte aos postos das seguradoras. Se o atendente não estiver capacitado, chama o supervisor. Se o negócio não avançar, acionamos o gerente e só voltamos depois de receber uma resposta satisfatória para o cliente", completa.

A presença do corretor é fundamental, já que as companhias exigem documentos que o cidadão desconhece. Trabalhando há dez anos no ramo, Alexandre Barreto nunca desliga o celular. Tudo para não deixar clientes na mão. "Tenho de oferecer o melhor para o cliente fazer a renovação todo ano. Se eu falhar, ele vai procurar a concorrência", diz. De tanto fazer atendimento de emergência, guarda na memória

histórias inusitadas. Certa vez, recebeu o telefonema de uma cliente que bateu o carro no final da noite, em frente a uma boate, no bairro da Torre. Alexandre deixou a aula de jiu-jítsu no meio. "Desci do meu carro e todo mundo que estava na fila da boate ficou olhando para mim sem entender porque eu estava vestido de quimono", lembrou.

Profissão requer muito estudo

Para conseguir o aval de um bom corretor de seguros não é preciso apenas encontrar um profissional disponível e com boa vontade para atender o cliente. É necessário muito estudo e a conclusão do curso de formação na Escola Nacional de Seguros (Funenseg).

Quem passa pelo centro de formação recebe um certificado e sai pronto para atuar em qualquer área de seguros. "O curso serve para qualificar os profissionais e, conseqüentemente, melhorar os serviços oferecidos à população", destaca Cristiana Noblat, gestora da Funenseg em Pernambuco. A formação leva nove meses. As aulas vão de segunda a sexta-feira. O programa contempla 29 disciplinas como: direito do segurado, previdência complementar e até de gestão de negócios.

Cristiana Noblat explica que grande parte dos alunos é de gente que atua na profissão de maneira informal e busca um reconhecimento legal. Outro percentual é de profissionais que buscam uma nova habilitação para abrir uma porta no mercado de trabalho. A escola forma em média 45 pessoas a cada ano no Estado. A turma de 2008 está em andamento. As aulas tiveram início em fevereiro e devem ser concluídas em meados de novembro.

Cristiana Noblat diz que candidatos interessados em fazer o curso e que têm pressa podem se inscrever numa turma de ensino à distância. A escola fornece apostilas

com o conteúdo abordado nas aulas. O candidato estuda e se submete a quatro dias de provas. O exame acontece no mês de julho. Para participar da seleção, o aluno precisa ter mais de 18 anos e conclusão do ensino médio.

A pior parte é o preço. O valor é de R$ 2.380, podendo ser dividido em até sete vezes. As aulas acontecem na Ilha do Leite, Recife. Informações sobre inscrições podem ser obtidas pelo telefone 3423-1134.

NÚMEROS

Levantamento do Sindicato dos Corretores de Pernambuco (Sincor-PE) mostra que em torno de 1.500 profissionais exercem a atividade no Estado. Os dirigentes da categoria lembram que um bom profissional não é aquele que oferece o preço mais baixo, mas o que aponta o plano mais indicado para o perfil do cliente. "Não adianta um corretor oferecer uma cobertura de assistência de reboque fora do Estado se a pessoa não costuma viajar. Esse serviço pode ser retirado e o preço vai baixar", destaca o presidente do Sincor, Carlos Valle.

E caso o cliente tenha alguma queixa a fazer do corretor, pode procurar o Sincor para registrar a reclamação. O sindicato não tem o poder de descredenciar, mas encaminha o caso para a Superintendência de Seguros Privados (Susepe), órgão capaz de punir os corretores. O telefone do Sincor é 3241-3882. (S.M.) (Fonte: Jornal do Commercio, Veículos, 20.04.08)


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