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Fonte:
Fonte Gazeta Mercantil
Apesar do expressivo aquecimento na demanda por seguro de transportes ocorrido no segundo semestre do ano passado, as seguradoras têm buscado cada vez mais um diferencial para ampliar sua fatia nesse mercado, em grande parte pelo substancial número de players. Ao todo, são 30 seguradoras que, juntas, movimentaram R$ 1,6 bilhão em 2007, valor 7,3% superior ao registrado no ano anterior. Em 2007, a antecipação dos pedidos de mercadorias do varejo, a estabilidade econômica e a queda do dólar estimularam a procura pela cobertura.
Afora esses fatores positivos ao crescimento do segmento, houve, em contrapartida, um excesso de veículos nas estradas nacionais, que carecem de infra-estrutura, e o número de sinistros cresceu em decorrência de colisões. No caso da Liberty Seguros, a sinistralidade saltou de 56% para 68%. "Outro ponto que contribuiu para o aumento do índice o apagão aéreo, pois foi gerado um boom de acidentes uma em virtude do trânsito proporcionado", justifica Luiz Carlos dos Santos, diretor de transportes da seguradora. Em 2005 foi o melhor ano para a Liberty Seguros, pois houve elevação de 20% no faturamento. Em 2006, o volume de prêmios atingiu R$ 76 milhões, mas em 2007 foi registrada uma queda, para R$ 60 milhões.
Para reverter a situação, entretanto, a Liberty está lançando um novo produto voltado para o embarcador no exterior. Com abrangência no Cone Sul, a apólice válida na Argentina e no Chile visa reduzir a burocracia no caso de sinistro ocorrido fora do território nacional. "Contratamos empresas de rastreamento nesses países para ampliar o gerenciamento de risco e, o sinistro ocorrendo em uma dessas localidades é lá que ele é pago. Posteriormente é feito um acordo intercompany entre as unidades da Liberty no exterior e no Brasil para que haja o acerto", explica o executivo, complementando que a cobertura será ampliada à Venezuela e Colômbia.
Pensando também na ampliação das apólices de seguro de transporte internacional, um dos carros-chefes da seguradora, a Unibanco AIG concebeu um novo produto voltado aos exportadores. "Reunimos em uma só apólice as coberturas de responsabilidade civil, transporte de mercadorias e contaminação de cargas, oferecendo uma solução completa e integrada", pontua Denis Teixeira, responsável pela área de transportes na seguradora. E ele complementa: "Apesar da queda do dólar, conseguimos ampliar em 70% a demanda pelo seguro de transporte internacional". Com elevação de 6% nos prêmios emitidos em 2007, para R$ 208 milhões, a Unibanco é a líder do segmento. Para manter a posição, a seguradora espera um crescimento em torno de 20%.
O direcionamento ao mercado externo começou a surgir há cinco anos, quando as exportações brasileiras cresceram de maneira expressiva e o seguro de transportes estagnou. "Então identificamos os gaps existentes nas coberturas que oferecíamos e investimos em tecnologia, sistemas e na análise da cadeia de logística", conta Teixeira. "O mercado doméstico está muito soft. Não há muita diferença entre os preços das coberturas, por isso apostamos no diferencial do seguro para o embarcador".
A opinião é compartilhada por Santos, da Liberty, para quem a pulverização do mercado interno é um entrave para o crescimento. "Há 10 anos, o mercado era refratário, e a maior parte dos sinistros era ocasionada por roubos. Havia poucos players no mercado, apenas cinco ou seis seguradoras atuavam com transportes, pois poucas suportavam as perdas", conta santos. Com o advento do gerenciamento de risco, de uns cinco anos para cá, outras seguradoras começaram a atuar nesse mercado", opina.
Na contramão
Em caminho oposto, a Allianz Seguros (antiga AGF Seguros) mantém o terceiro lugar do ranking da Susep (Superintendência de Seguros Privados) calcado nos seguros responsabilidade civil do transportador e transporte terrestre. Com R$ 147 milhões em volume de prêmios registrados em 2007, a seguradora obteve alta de 30,5% em relação a 2006, e espera continuar o ritmo de crescimento em território doméstico.
A receita, segundo Marco Antônio dos Santos, superintendente de transportes da Allianz, cascos e aeronáuticos é a rapidez da subscrição e o rigor a que a análise de risco é submetida. "Vamos continuar investindo no atendimento e no sistema de emissão e cotação de mercado", afirma. Fator favorável ao resultado do ano passado foi o aumento no número de indústrias no País, revela o executivo, conseqüência da estabilidade econômica e da ampliação da oferta de crédito. "A sinistralidade sofreu um pequeno aumento de 3%, o que é inevitável, já que o risco no transporte nacional cresceu", justifica. (Gazeta Mercantil/Relatório - Pág. 10)(Soraia Abreu)
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