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Seguradoras vão cortar gastos, mas investirão mais em TI


Fonte: Decision Report - Brazil

Pesquisa da Accenture feita com 25 seguradoras nacionais aponta corte de gastos até 2015, porém, a área de Tecnologia da Informação ganhará mais investimento. Silas Devai, consultor da Accenture, explica que o principal objetivo do setor com investimento em TI é otimização da eficiência operacional e redução de custos.

"Esses objetivos acontecem porque boa parte dos ganhos financeiros das seguradoras está na taxa de juros. Com a crise e uma possível queda do consumo, o setor tem objetivo de ser mais eficiente na operação para manter a margem de lucro", explica.

Os dados da pesquisa ainda apontam que o investimento em TI será destinado à automação de gestão de sinistros, cujos processos são responsáveis pelo maior volume de despesas das seguradoras. "O setor ainda não tem esses processos otimizados e chegou a hora de obter controle para se tornar eficiente", observa.

Devai ainda informa que o principal desafio do segmento é a quantidade de produtos, que gera uma complexidade excessiva para operação. "É um mercado muito dinâmico que exige inovação no portfólio, mas as seguradoras estão revendo este portfólio com uma visão baseada em custos. É importante analisar o custo da inovação e seus resultados para atingir a meta da reestruturação em busca da eficiência e economia", sinaliza.

Ele ainda acrescenta: "uma coisa que a gente percebe nas seguradoras é de que boa parte delas não tem visão integrada do cliente. É muito comum, numa seguradora, um diretor responsável pelo automóvel enxergar seu cliente como aquele que compra seguro de carro. Seria interessante, por exemplo, que cada diretor de produto enxergasse o seu cliente como o cliente da companhia, que pode ter um tratamento diferente quando há uma política de fidelização daquele que compra seguro de carro, de vida e ainda é quem paga o seguro de carro da filha, do cunhado e tem plano de previdência".

Devai prefere não interferir na escolha da tecnologia diante de tais desafios, mas admite que soluções de BI e CRM são importantes para reduzir a complexidade da oferta das seguradoras e implementação de sistemas relacionados à operação como controle do fluxo de informação é uma opção para tornar-se a gestão de sinistros mais eficiente.


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