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Marítima e Yasuda perto de acordo


Fonte: Gazeta Mercantil - São Paulo,SP,Brazil



São Paulo, 19 de Maio de 2009 - Uma das principais noivas do mercado brasileiro de seguros está acertando a data do casamento. A Marítima, seguradora independente, retomou agora as conversas iniciadas no ano passado com o grupo japonês Sompo Japan Insurance, que atua no Brasil através da subsidiária Yasuda Seguros. Os japoneses querem abocanhar 60% do capital da seguradora brasileira, mas o mais provável é que o acordo final seja por 50% do capital, transação estimada no mercado entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões.

A Marítima encerrou 2008 com R$ 1,03 bilhão em prêmios retidos e um patrimônio líquido de R$ 143,06 milhões. No ano passado, preparou os números em auditoria realizada pela PricewaterhouseCoopers e contratou o banco de investimento JP Morgan para assessorá-la na busca de um sócio internacional. Segundo fonte, também conta com a assessoria jurídica do escritório Mattos Filho.

A empresa investiu cerca de R$ 20 milhões nos últimos dois anos para melhorar controles internos, inicialmente com foco na emissão de ações. Como perdeu a janela de oportunidade, iniciou a preparação para captar uma injeção de capital na operação fechada, mas os japoneses quiseram ganhar tempo quando a crise financeira apertou.

A Marítima é controlada pela família Vidigal, que não quer deixar a operação. Na avaliação de fontes do mercado, tentar um modelo de gestão compartilhada pode ser complicado na parceria com uma empresa com o gene japonês dos negócios, já que os modelos de atuação das duas são distintos. A Yasuda opera no Brasil há 50 anos, antes sob o nome de Cia de Seguros América do Sul, mas não é uma marca conhecida do público. Faz parte de um conglomerado que, no ano fiscal finalizado em março de 2008, somava US$ 64,38 bilhões em ativos.

A Marítima afirma que "não está em negociação de venda no presente momento". Nenhum porta-voz da Yasuda foi encontrado para comentar a transação.


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