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Indústria mundial de seguros é o foco do 45º Congresso Anual do International Insurance Society


Fonte: Portal Nacional de Seguros - Santos,SP,Brazil

A INDÚSTRIA de seguros está na ordem do dia na imprensa internacional hoje, em razão da realização do 45º Congresso Anual do International Insurance Society (IIS), que começou ontem e termina amanhã em Amã, Jordânia, com a presença de 500 profissionais de seguradoras procedentes de 50 nações.

Serão três dias de debates sobre os principais temas que envolvem a indústria de seguros em todo o mundo, como situação política e cultural em todo o mundo, regulamentação dos mercados financeiros e crescimento econômico. No último dia, a ideia é tentar traçar um cenário da indústria de seguros pós-crise. O presidente da CNSeg, João Elisio Ferraz de Campos, a diretora de Assuntos Institucionais e Resseguro da CNseg, Maria Elena Bidino, o consultor jurídico da entidade, Salvador Cícero Velloso Pinto e o diretor da Escola Nacional de Seguros, Renato Campos Martins Filho, participam do evento.

Confira as principais notícias do encontro:

- Nikolaus von Bomhard, CEO da Munich Re, alertou sobre o tempo da crise. "Nós não esperamos que a crise econômica termine rapidamente, talvez no segundo semestre de 2010. Por isso é fundamental manter a solvência e liquidez do mercado, atuando de forma conservadora", disse ele durante sua apresentação na manhã do primeiro dia.

- Prem Watsa, presidente e CEO da canadense Fairfax Financial Services, concordou com Bomhard e lembrou o nível de desemprego nos EUA, de 9,5%, um percentual recorde para a maior economia do mundo nas últimas décadas.

- Bassel Hindawi, diretor-geral do Insurance Commission of Jordan, órgão regulador do setor em Amã, pediu, em seu discurso na abertura do evento, que as empresas da indústria de seguros modelem seus negócios de forma sustentável, respeitando a sociedade e o meio ambiente. Segundo ele, as companhias que praticam ações sustáveis têm um desempenho 15% melhor do que as que não praticam.

- As seguradoras globais esperam crescer nos mercados emergentes, liderados pelo Brasil, China, Índia e Rússia, conhecidos como Bric. Segundo pesquisa da KPMG and Economist Intelligence, feita com executivos de 49 países, 55% dos entrevistados acreditam que terão crescimento orgânico e 53% apostam no crescimento por aquisições nos próximos 12 meses. Outra pesquisa da Accenture, com 104 companhias, mostra que três quartos acreditam que o crescimento virá das operações internacionais nos próximos três anos.

- Hans-Peter Gerhardt, CEO da Paris Re, afirmou que o "hard market" nunca aconteceu, como previram diversos de seus concorrentes desde o agravamento da crise em setembro do ano passado.

- Praticar underwrinting virou moda com a queda dos ganhos financeiros, diz Bob Hartwig, presidente do Insurance Information Institute (III). De 1975 para cá, as seguradoras de ramos elementares dos EUA só voltaram a ter lucro operacional nos últimos cinco anos.

- AIG vendeu quase 30 milhões de ações da Transatlantic Re, por US$ 1,1 bilhão.[3]

- Munich Re emitiu cat bonds de 50 milhões de euros, transferindo para mercados de capitais riscos de chuvas de inverno na Europa e terromoto na Turquia.

- No Reino Unido, pesquisa revela que uma em cada quatro pessoas cancelou o seguro de conteúdo da residência e pararam a contribuição para os planos previdenciários entre outras apólices, em razão da recessão, informa a ABI, associação das seguradoras semelhante a CNSeg do Brasil.


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