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Fonte: Alexandre Carvalho Para o Valor, de São Paulo
Apesar da expansão de 27,8% nas vendas de automóveis no ano passado, o mercado de seguros para auto não acompanhou o ritmo. Por isso, o faturamento do se-tor cresceu "somente" 5% sobre 2006. Para reverter a situação este ano, a promessa é lançar produtos para atrair parte dos 22 milhões de automóveis que ainda não têm seguro e aumentar a segmentação. O otimismo é a tônica: expectativa do setor é crescer entre 10%e 15% em 2008.
Paulo Umeki, diretor de produtos da liberty Seguros, afirma que as seguradoras estão atentas para seguir o padrão de crescimento das vendas de automóveis — a indústria projeta 20% sobre 2007 —, e qão perder o bonde novamente. "Os seguros não se beneficiaram dos 300 mil novos consumidores que adquiriram o primeiro carro no ano passado. A situação deverá ser diferente agora, pois espera-mos crescimento entre 10% e 15%, com a previsão de realinhamento de preços dos carros", explica. Para Marcus Vinicius Martins, vice-presidente de vendas e marketing da SulAmerica Seguros, houve outro motivador desse crescimento abaixo da expectativa "Os preços das apólices caíram entre 10% a 15%. Houve concorrência natural entre as seguradoras, que derrubou os preços", afirma.
Júlio Cezar Alves de Oliveira, presidente Brasilveículos, concorda: "Os resultados foram influenciados também pelas melhorias operacionais realizadas pelas seguradoras, em busca de maior agilidade." Neste ano, um cenário de estabilidade de preços projeta desempenho superior para os seguros de automóveis: "Deverá ter posição de destaque entre os outros seguros", diz Oliveira.
O fato é que o mercado querque o aumento no faturamento deste ano venha da ampliação da oferta de produtos e da segmentação. Um dos alvos é justamente os consumidores que não fazem seguro por achar caro, que ganham entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, na estimativa de Umeki.
Júlio Oliveira, da Brasilveículos, afirma que inovação é o caminho para as empresas. Por isso a empresa lançou um produto para este segmento dos "sem seguro" em abril, chamado de Auto Flex. A Liberty promete lançar o seu até o fim de junho. "É um exemplo da nossa estratégia de fidelização e conquista de novos segurados", afirma Martins. O diferencial está em fixar cinco valores para o seguro, com franquias ajustadas automaticamente. Além disso, o consumidor pode optar pelo valor a pa-gar pela franquia ou pelo seguro, dentro de limites estabelecidos. O interessado preenche o questionário de perfil e faz sua proposta. E espera para receber a resposta dentro das faixas de prêmio e de franquia: quanto menor o preço do seguro, maior o valor da franquia e vice-versa. Mesmo se não estiver contente, é possível fazer ajustes.
Antes do Flex, a Brasilveículos ha-via lançado, em 2005, o Auto Econômico, voltado a carros nacionais de passeio entre 10 e 20 anos de idade. "A nossa meta é aumentar a participação nos negócios do banco com as vendas de seguro, previdência e capitalização. A expectativa é crescer em tomo de 25%.", diz o presidente.
Umeki, da Liberty, diz que a em-presa está finalizando o lançamento de um seguro para atrair quem ainda não tem um. Segundo ele, é um segmento com grande potencial. "São cerca de 22 milhões de automóveis sem proteção", afirma. Para ele, as pessoas preferem correr o risco com o patrimônio a apertar o orça-mento com as parcelas do segura "Nosso produto irá permitir que se pague até R$ 50 por mês, em até 12 vezes e com juros próximos aos ofe recidos para carros novos", explica: Além disso, a liberty quer focar o crescimento da empresa nas segmentações: "Devemos cada vez mais criar produtos específicos para picapes, para jovens, etc."
A Porto Seguro não planeja lançar algo específico para os sem seguro, mas afirma que já tem um produto em estudo. "Estamos esperando aperfeiçoamentos que a Susep irá fazer na nota técnica desse produto, que entrou na pauta do mercado em 2005", explica o gerente de auto Marcelo Sebastião. Em contrapartida, a maior seguradora de veículos do país quer aumentar os serviços agregados às apólices, como as assistências para casa, animais e computador, mas não informa em quais áreas irá atuar.
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