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Seguradoras esperam fim controle de preços em 2010


Fonte: CQCS - Rio de Janeiro,RJ,Brazil

Seguradoras e operadoras esperam pela liberdade no reajuste de preços dos planos e seguros saúde individuais já a partir de 2010. Pelo menos essa é a aposta que faz o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Geraldo Rocha Mello, segundo o qual essa deve ser uma das consequências naturais da portabilidade, em vigor desde abril. "A portabilidade abre caminho para a liberdade nos preços. Estou certo que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) vai aprovar essa nova reivindicação já para o próximo ano", argumentou.

Segundo ele, nenhum controle de preços "pode ser bom para o setor controlado ou para os consumidores". Geraldo Mello argumenta que, livres para estabelecer seus preços, as operadoras e seguradoras poderão assegurar sua saúde econômica-financeira e, dessa forma, continuar prestando um serviço "de alta qualidade" para os clientes. Por sua vez, os beneficiários teriam a garantia de estarem cobertos por empresas sadias, não correndo o risco de possíveis "descaminhos nas operadoras".

Em entrevista ao "Repórter Seguro", novo serviço lançado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), o presidente da Fenasaúde criticou também o critério utilizado pela ANS para calcular o reajuste dos preços nos planos individuais. "A agência utiliza a média dos aumentos dos custos dos planos empresariais que reúnem mais de 50 vidas. Isso não reflete a realidade dos planos individuais. Além disso, o reajuste é nacional e não leva em conta as diferenças regionais", assinalou.

Para ele, com a portabilidade, o beneficiário pode facilmente migrar para outra operadora não enfrentando problemas tais como os de carência. Assim, deixa de existir uma das razões apontadas pela ANS para o controle de preços, que seria a impossibilidade de clientes insatisfeitos trocarem de operadora.

De acordo com a última estatística disponibilizada pela FenaSaúde, as empresas associadas foram diretamente atingidas pela efeitos da crise internacional, que eclodiu em setembro do ano passado. Tanto assim que o faturamento apurado no último trimestre de 2008, da ordem de R$ 9,2 bilhões ficou 35,7% abaixo da cifra apurada no acumulado nos três meses anteriores.

A FenaSaúde representa 16 grupos empresariais (a grande maioria formada por seguradoras), responsáveis pela proteção de 13 milhões de beneficiários, o equivalente a 29% dos beneficiários da saúde suplementar no Brasil. A entidade foi criada em fevereiro de 2007 e tem sede no Rio de Janeiro.


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