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Fonte: Monitor Mercantil - Rio de Janeiro,RJ,Brazil
O mercado segurador para a cobertura de risco de engenharia é uma das grandes apostas do crescimento do setor. O segmento mostrou-se bastante aquecido nos meses de abril e maio, com as construtoras retirando seus projetos da gaveta, nas áreas mais variadas, tanto de energia e concessões, como investimentos em gasodutos. Diante deste cenário, o crescimento das obras de infraestrutura tem mais que compensado a demanda menor por seguros na área imobiliária.
- Até o momento, o mercado de seguros não foi afetado, apesar da redução da demanda pela parte imobiliária diante da menor quantidade dos lançamentos das empresas. O risco de engenharia e equipamentos para obras compensa a retração do imobiliário - explica diretor do segmento corporate da Tokio Marine, Felipe Smith. De acordo com os dados apresentados por Smith, de janeiro a abril, o mercado como um todo cresceu 140% em termos de prêmio. Já o crescimento da Tokio Marine no período foi de 260%. Com receita de prêmios de cerca de R$ 1,5 bilhão em 2008, a Tokio Marine responde por 6% do mercado segurador brasileiro.
Imobiliário
Smith projeta que, com a retomada dos lançamentos diante do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida, a partir do segundo semestre deste ano, a tendência é de crescimento da demanda por seguros para este mercado. Para o segmento imobiliário, é esperado um aquecimento no final do ano.
- Aguardamos a continuidade dos investimentos em infraestrutura, com vários projetos sendo divulgados e o aquecimento do setor imobiliário - observa o executivo da Tokio Marine. Smith explica o pacote de governo, que deve trazer mais crédito para o setor e para as empresas de construção ainda não teve efeito no mercado segurador.
A partir do momento em que os lançamentos começarem a ocorrer, haverá um novo impulso para os seguros residenciais.
- O cenário ainda não mudou. O programa do governo está tomando corpo e deve começar a mostrar os resultados a partir de agosto. No último trimestre, acredito que já deve mostrar efeitos positivos - projeta o especialista.
Transporte
No segmento de seguros para transportes a performance deste ano deixa a desejar. O número de embarques tem sido menor, diante da retração econômica causada pela crise financeira internacional.
- Até abril, sentimos menos, mas a partir de maio o efeito será maior. Hoje a área está com luz amarela - diz o executivo.
A expectativa é de que este segmento registre crescimento mínimo ou não cresça.
- A perspectiva é de retração com menos embarques. Tudo depende do reaquecimento da economia - explica Smith.
No entanto, o movimento do último trimestre pode surpreender, com as vendas de final de ano.
Smith lembra ainda que a desvalorização do dólar frente ao real também implica em prêmios menores. No acumulado deste ano, a moeda norte-americana acumula 15,9% de queda em relação ao real. Como parte importante dos contratos para embarque é atrelada ao dólar, os prêmios cobrados são menores. Por outro lado, a tendência cambial também implica em aumento das importações, o que pode impulsionar o mercado de embarques.
Investimentos
A queda da taxa básica de juros (Selic), hoje em 9,25%, irá provocar uma nova forma para o setor de seguros operar. As companhias precisarão buscar o aumento da eficiência, já que os investimentos dos recursos não irão render o mesmo de antes.
- Nenhuma seguradora que pretende se perpetuar no mercado deve focar a sua rentabilidade na aplicação dos recursos, mas na área operacional. O ganho é função da área técnica. A queda dos juros sempre foi a expectativa. Daqui para a frente o foco deve ser o resultado operacional - explica o executivo da Tokio Marine, Felipe Smith.
Segundo o especialista, as seguradoras vão focar cada vez mais na redução dos custos e despesas. Como o principal custo é o pagamento de sinistros, a tendência é de que a seletividade da carteira de clientes torne-se mais rigorosa.
- As seguradoras devem evitar riscos mais graves, de clientes que não estejam bem protegidos. O cliente que não se preocupa em preservar o patrimônio, mas transfere o risco para a seguradora, terá dificuldade em renovar os contratos - ressalta.
Outro exercício que será feito pelas seguradoras está relacionado com o gerenciamento dos demais custos.
- Sempre observamos os gastos com serviços e sistemas. Controlar custos é um exercício que deve ser feito diariamente. É questão de sobrevivência - complemente Smith.
Lançamentos
Uma das estratégias da Tokio Marine para ganhar participação de mercado é o lançamento de novos produtos, que devem surgir ao longo do ano.
- Estamos avaliando produtos que podem ser modernizados e reformulando. Isso ajuda a ampliar as vendas - lembra Smith. Um destes produtos reformulados foi o de seguros para equipamentos voltados para a construção civil. Outro foi o voltado para as pequenas e médias empresas. A seguradora também ingressou no ramo de seguro agrícola neste ano. A nova linha é voltada somente para seguros de máquinas e implementos agrícolas, mas a expectativa é de que, até 2011, a Tokio passe a oferecer seguro contra sinistros relacionados a perdas na lavoura.
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