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Fonte: CQCS - Rio de Janeiro,RJ,Brazil
As perspectivas não são nada boas para as grandes empresas aéreas brasileiras, que estão negociando a renovação dos contratos de seguros para as suas aeronaves. Especialistas afirmam que essas companhias estão encontrando muitas dificuldades. O mais provável é que haja um reajuste nos preços na renovação, que, na maioria dos casos, ocorrerá já a partir de agosto.
Além dos preços mais elevados, as empresas aéreas enfrentam também barreiras para a colocação do risco. A série de acidentes recentes, tais como a queda da aeronave da Air France, que seguia do Rio de Janeiro para Paris, somada à crise internacional, está tornando ainda mais grave um cenário que já não era animador. "A crise trouxe perdas para os resseguradores. Na luta para manter a rentabilidade de suas carteiras, muitas empresas até admitem perder espaço para a concorrência e abrem mão de novos negócios", explica a consultora Ana Paula Oliveira, da UIB Re Brasil, que não se arriscar a falar sobre os possíveis percentuais de reajuste.
Tida como uma das maiores especialistas na área de riscos aeronáuticos no País, Ana Paula Oliveira diz que, no caso específico desse segmento, mesmo as cinco resseguradoras cadastradas como locais (IRB Brasil Re, J. Malucelli Resseguradora, Mapfre Re, Munchener Ruck e XL Re), estão optando por abrir mão da oferta preferencial de 60% dos excedentes internos, assegurado pela legislação.
Ela revela que as resseguradoras estão "muito seletivas" e precisam consultar a matriz. "Em boa parte dos casos, as empresas não vêm aceitando o risco. Até o IRB está bem mais cauteloso", observa.
Por ironia do destino, antes da abertura do mercado interno, o IRB Brasil Re tinha autonomia para aceitar o risco e repassar quase a totalidade do risco para resseguradoras no exterior. Agora, a legislação limita em 50% o percentual de repasse de riscos pelas empresas já instaladas no Brasil para outras resseguradoras no exterior. Como a capacidade do mercado doméstico ainda não é suficiente para reter no País um percentual muito elevado do risco, está criado o impasse.
Na visão dos especialistas, o grande problema é a dificuldade para se resolver o impasse a curto prazo. Na prática, a própria Superintendência de Seguros Privados (Susep) estão de mãos atadas e nada pode fazer, pois seria preciso mudar a Lei 126/07, que estabeleceu uma série de exigências para a operação com as empresas instaladas no País.
O problema atinge também as seguradoras, pois, nos casos onde não é possível contratar o resseguro aqui, a legislação permite que também o seguro seja contratado lá fora, desde que com prévia autorização da Susep. Além disso, para o segurado a má notícia é que a contratação do seguro no mercado internacional pode custar até 30% a mais, devido ao pagamento de tributos.
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