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Aon eleva classificação do Brasil


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Fonte: Gazeta Mercantil

A classificação do risco político e de crédito do Brasil foi elevada de "risco médio" para "risco médio baixo" na análise global feita pelos especialistas em risco político da divisão Aon Trade Credit, do grupo Aon, um dos maiores do mundo em corretagem de seguro, consultoria e gerenciamento de risco.

"O risco melhorou muito no Brasil. Na gestão do presidente Lula o risco de interferência do governo em contratos privados, item que tem um peso considerável em alguns países, foi reduzido. O País também tem controlado o déficit em conta corrente e não depende da importação de petróleo", diz Bryan Squibb, responsável pelas operações da Aon Trade Credit. Os investidores externos interessados em manter, ampliar ou fazer novos investimentos no País devem ficar atentos aos seguintes riscos: greve, legais e regulatórios e interrupção da cadeia de suprimentos.

"A greve dos fiscais da receita federal, que já dura 43 dias, tem trazido sérias complicações a vários clientes", diz Guilherme Mendes, diretor de produtos financeiros da Aon. Segundo ele, o Brasil deverá ser pouco afetado pela crise das hipotecas de alto risco (subprime) nos EUA. Os países mais afetados concentram-se no Oriente Médio e Leste Europeu. Esta é a 15ª edição do Mapa de Risco Político e Econômico, que trouxe a análise de 209 países feita por executivos da Aon, analistas e técnicos da Oxford Analytica e também junto aos subscritores de riscos com os quais a corretora negocia. Além dos países, a Aon analisa o risco de cada empresa dentro da região onde atua. "É uma ferramenta usada pelos nossos clientes para que eles possam negociar melhor o programa de seguros. Há riscos onde se faz necessária a compra de seguro. Outros o gerenciamento de risco pode resolver ou ele pode optar ainda por fazer um auto-seguro", explica Marcelo Homburger, vice-presidente da Aon Risk Services no Brasil.

Na edição de 2008, cuja análise foi feita diante dos acontecimentos de 2007, 12 países tiveram elevação na classificação e três rebaixamento, entre eles Bissau, Belarus e Yemen. "Os riscos que geraram a piora foram terrorismo, intervenção política e corrupção", diz Squibb.

Entre os riscos considerados estão a interrupção de matéria-prima para montagem ou fabricação de equipamentos em razão das inundações em Bangladesh, fornecedores acusados de práticas ilegais no Brasil e interrupção determinada na Rússia de fornecimento de gasotudo para Europa.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Denise Bueno


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