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Crise não afeta transporte internacional


Fonte: Monitor Mercantil - Rio de Janeiro,RJ,Brazil

Desaceleração verificada nos primeiros meses de 2009, não compromete o ano

O primeiro semestre foi positivo para o setor de logística, contrariando as perspectivas do início de ano de que o segmento sofreria bastante devido à retração econômica. Para Marcos Damásio, diretor da Just in Time Logistics, empresa que atua com logística integrada em diversas áreas deste segmento como agenciamento de cargas internacionais, assessoria aduaneira, transportes, armazenagem e distribuição, o impacto foi mais da notícia do que nos negócios. "Ocorreu uma pequena queda, mas o setor logo recuperou. Foi um susto no mercado, com as empresas enxugando a base, mas o mercado voltou à estabilidade", afirma.

Damásio lembra que, apesar de toda a crise mundial que vem atormentando o mundo, a balança comercial passa por um bom momento. A exportação em cinco meses foi para US$ 55,4 milhões e as importações chegaram a US 46,1 bilhões. Para Damásio, a desaceleração verificada nos primeiros meses de 2009, não compromete o ano. De acordo com o executivo, após a superação das dificuldades, o segundo semestre tende a ser de crescimento, com o último trimestre tende a ser mais forte, devido ao aquecimento do consumo.



Profissionalização



"As empresas foram reestruturadas e aumentou a profissionalização. O que ocorreu foi a busca por novos setores e mercados", explica. Ele lembra que as empresas estavam bastante inchadas. Tais iniciativas resultaram em um aumento da eficiência e na eliminação de empresas que não eram tão produtivas.

Um dos setores que se destacaram durante a crise foi o farmacêutico, tido como bem de primeira necessidade. Já o segmento automobilístico mostrou recuperação com as medidas do governo de redução do IPI. "Os setores mais atingidos, em função da fragilidade, foram bens de consumo e eletroeletrônicos", cita Damásio.



Seguro



Na opinião de Damásio o mercado de seguros deveria desenvolver técnicas para melhor entendimento entre os corretores e as indústrias. "Estamos no meio de uma guerra, falta de valorização do produto seguro, guerra de preços e falta de política e ética por parte das industrias", acredita. O diretor da Just in Time Logistics, ressalta que, no final de 2007 foi realizado uma reserva de mercado que obrigava a todos os exportadores a contratação de seguro no Brasil. "Outro fator importante foi a possibilidade de trazer ao país novos contratos, abertura de contrato de resseguros e movimentação de produtos", declara.

Uma apólice de transporte internacional deve cobrir acidentes que podem ocorrer desde o momento em que a mercadoria é embarcada, até a chegada ao estabelecimento do importado "O exportador brasileiro deixa por conta do importador a responsabilidade pela contratação do frete e do seguro, a partir do ponto de origem até o destino final do embarque", afirma Damásio.

No caso de exportação na modalidade Free On Board (FOB), o seguro é de responsabilidade do importador, cabendo ao exportador apenas fornecer os dados eventualmente solicitados pelo importador para contratar o seguro. Nas exportações sob as modalidades Coast Insurance Freight (CIF) e Carriage and Insurance Paid (CIP), os gastos com seguro ficam a cargo do exportador.

Para o diretor o mais importante na contratação de um seguro é a participação do corretor. "É como um seguro de carro, o corretor apresenta as propostas e os riscos, você opta para que tiver as melhores condições. Contratando uma consultoria você garante a integridade e a qualidade da carga sem se preocupar", enfatiza. Ele também lembra que o segurado também tem obrigações a cumprir. "Adotar medidas preventivas para garantir boas condições de suas apólices e queda do nível de risco de danos e, acidentes as mercadorias. As recomendações das seguradoras devem ser cumpridas", defende.

Na hora de elaborar contrato de seguro internacional, Damásio observa que algumas medidas precisam ser observadas. "Deve haver um contrato entre os interessados, nele devera conter a descrição de toda a mercadoria de forma detalhada, valor do produto a ser transportado, os endereços de embarque e desembarque, riscos a serem cobertos, o veiculo de transporte e o manuseio, com isso há garantia de que todas as partes envolvidas não serão prejudicadas", aconselha.


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