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Segurador sugere corretor especialista no ramo rural


Fonte: CQCS - Rio de Janeiro,RJ,Brazil

Um dos principais desafios do seguro rural no país é a necessidade de haver corretores especializados ou mais focados nessa modalidade. A afirmação é do membro da Comissão de Seguros Rurais da Federação Nacional de Seguros (Fenseg), Luiz Carlos Meleiro, segundo o qual a crise internacional passou longe dessa carteira, que permanece sendo um dos ramos com maior percentual de crescimento no mercado brasileiro.

Durante Fórum promovido pela Allianz Seguros sobre mudanças climáticas, nesta quarta-feira, em São Paulo, Luiz Carlos Meleiro salientou que a carteira de riscos agrícolas ainda é pequena, mas poderá influenciar diretamente no resultado global do mercado de seguros quando atingir, no Brasil, o mesmo peso que representa em outros países. "Esse ramo enfrenta picos de sinistralidade a cada quatro ou cinco anos, problema agravado pelas mudanças climáticas", comentou.

Ele acrescentou que a carteira enfrenta ainda alguns problemas, tais como a necessidade de ter mais profissionais bem treinados incluindo corretores especializados, a precificação complexa, as incertezas sobre riscos climáticos e a não massificação do produto, entre outros. "A aprovação no Congresso do Fundo de Catástrofe, esperada para as próximas semanas", será fundamental para o desenvolvimento dessa carteira", frisou.

Segundo projeção da Fenseg, o ramo agrícola dará um salto de até 73,4% este ano, com receita de prêmios acumulada de ordem de R$ 562 milhões, já incluído nesse valor o subsídio oferecido pelo Governo aos produtores rurais. "O número de apólices emitidas cresceu 177% no primeiro semestre, comparado ao mesmo período do ano passado", comemora, Luiz Carlos Meleiro, que também é superintendente de Agronegócios da Allianz Seguros.

Ele assinalou que o número de seguradoras que operam no ramo no Brasil cresce a cada ano, mas ainda é reduzido. Curiosamente, apenas 15 meses após a abertura no resseguro, o mercado brasileiro conta com mais resseguradoras atuando nessa modalidade (13) do que seguradoras (nove).

Os subsídios oferecidos aos produtores rurais devem somar R$ 273 milhões este ano, 72,8% a mais do que em 2008. Já a área segurada passará de 8,1 milhões de hectares no final de dezembro, 72,3% acima da extensão coberta no encerramento do ano passado.

Luiz Carlos Meleiro estima que o número de segurados poderá mais do que dobrar de tamanho, atingindo o patamar de 90 mil produtores rurais em 2009, com um salto de 106,2% em relação ao exercício passado.

Pelas projeções da Fenseg, haverá também um crescimento expressivo do total de importâncias seguradas, que deve chegar a R$ 12,5 bilhões no final deste ano, com incremento de 73,4% em comparação a 2008.


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