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Fonte: Valor Econômico
O Santander, maior banco da Espanha, anunciou ontem um aumento de 22% no lucro líquido do primeiro trimestre, com as aquisições e os controles de custos ajudando a compensar uma grande queda nos empréstimos e novos negócios na maioria dos mercados.
O resultado, de € 2,2 bilhões (US$ 3,43 bilhões), inclui a primeira contribuição - avaliada em € 151 milhões líquidos - da aquisição de partes do ABN AMRO no ano passado. Excluindo isso, o crescimento do lucro trimestre sobre trimestre teria sido de 14%, dentro das previsões do próprio Santander e também de analistas.
No entanto, a contribuição da Europa continental caiu 7%, para € 1,2 bilhão, com a fraqueza nos segmentos de banco de varejo, administração de ativos e seguros anulando o crescimento firme das operações de varejo.
O banco disse que, na América Latina e no Reino Unido, instrumentos de hedge ajudaram a compensar o impacto da valorização do euro sobre o dólar e a libra. O lucro liquido na América Latina cresce 22% em dólar, mas apenas 7%, para € 729 milhões, quando consolidado.
A receita líquida de juros, após os dividendos, aumentou quase 15%,paraE4bilhões. O crescimento consolidado dos empréstimos caiu para 9% em comparação aos 17% do primeiro trimestre do ano passado. As provisões para perdas com empréstimos aumentaram 69%, para € 1,14 bilhão, depois que a relação de empréstimos vencidos e não pagos cresceu de 0,82% do portfólio total para 1,16%.
José Antônio Alvarez, diretor financeiro, disse que a relação continuará aumentando este ano, mas observou que ela continua bem abaixo da média européia. "Não há motivo para alarme",disse ele.
Os analistas, porém, valeram se de deterioração do portfólio de empréstimos do banco para comparar desfavoravelmente o Santander com o BBVA, o segundo maior banco da Espanha. Na segunda-feira, o principal concorrente doméstico do Santander anunciou um pequeno aumento nos empréstimos vencidos e não pagos, para 0,99% (contra 0,84% no primeiro trimestre de 2007), ao mesmo tempo em que divulgou um crescimento de 15% no lucro líquido do primeiro trimestre, para € 1,4 bilhão. Incluindo os ganhos com as vendas de participações acionárias, os lucros subiram a € 1,95 bilhão.
O Dresdner Kleinwort disse que "a aceleração dos empréstimos vencidos e não quitados [no Santander ] exige atenção".
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou, na segunda-feira, sua perspectiva para o sistema bancário espanhol, alertando que uma "aterrissagem brusca" no setor imobiliário, junto com uma queda maior no consumo e as dificuldades de financiamento nos mercados atacadistas, deixou alguns bancos menores vulneráveis.
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