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Fonte: Extra Online - Rio de Janeiro,RJ,Brazil
Se antes o aumento dos roubos era o único motivo alegado pelas seguradoras para corrigir os valores das apólices de automóveis, agora, a culpa também recai sobre a taxa básica de juros da economia, a Selic. Segundo o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (Sincor-RJ), Henrique Brandão, a soma dos dois fatores fez com que os preços subissem de 15% a 30% no último mês.
A Selic influencia as correções porque as empresas costumam aplicar suas receitas em fundos atrelados à taxa básica, que vêm sofrendo reduções constantes, passando de 13,25% ao ano, em janeiro, para os atuais 9,25%. Hoje, pode cair ainda mais, por decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.
- Quando a rentabilidade com as aplicações era alta, as companhias podiam trabalhar com margens de lucro menores com os clientes. Agora, a situação mudou - disse Brandão.
O aumento de preços, apesar de bem acima da inflação, é legal, segundo a presidente da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Maria Inês Dolci.
- As empresas sempre partem para o aumento do custo ao consumidor quando há uma perda de arrecadação. Nesse caso, a melhor saída é negociar os valores antes de renovar qualquer contrato - disse.
Também responsável pela correção das tabelas das seguradoras, o aumento do número de roubos de carros é comprovado por dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). De janeiro a abril, foram 9.814 veículos roubados no estado. Um aumento de 3,56% comparado ao mesmo período de 2008, quando houve 9.476 roubos.
- As empresas usam dados sobre roubos em determinada região na hora de calcular o valor do seguro. A situação, nesse caso, complica muito para moradores das zonas Oeste e Norte do Rio, historicamente mais perigosas - disse Brandão.
Correções
Veja abaixo algumas simulações já com o aumento de preços, de acordo com a corretora Grupo Assurê. Os valores estimados consideraram um condutor de 49 anos, sem filhos ou enteados com menos de 17 anos, que deixa o carro guardado na garagem à noite.
Em Jacarepaguá
O seguro de um Fiat Uno Mille 1.0 Fire 2008, com quatro portas, a gasolina, saía por R$ 2.176, em junho. Hoje, custa R$ 2.773 (27% de aumento). O seguro de um Gol City 1.0 MI 2008, com quatro portas, motor flex, que custava R$ 2.677, no mês passado, sai agora por R$ 3.346 (25% a mais).
Em Pilares
O seguro de um Ford Fiesta sedan 1.0 2008, com quatro portas, motor flex, passou de R$ 3.858,87, em junho, para R$ 4.438, neste mês (15% a mais). O de um Corsa Sedan Premium 1.4 2008, com quatro portas, motor flex, subiu de R$ 4.842,24, em junho, para R$ 5.569 (15%).
Pesquisa para achar preços mais baixos
Para evitar uma correção muito alta no valor do seguro do carro, o melhor caminho para o consumidor é pesquisar antes de assinar um contrato. A presidente do Pro Teste, Maria Inês Dolci, afirma que, muitas vezes, as empresas só lembram o cliente da necessidade de renovação quando a apólice está perto do vencimento:
- Com medo de ficar sem seguro por algum tempo, muitos nem se dão ao trabalho de pesquisar para ver se há preços melhores no mercado - explicou Maria Inês.
Várias consultas
O presidente do Sincor-RJ, Henrique Brandão, afirma que é importante procurar mais de um corretor, que pode oferecer propostas diferentes ao cliente:
- Não podemos ter laços empregatícios com nenhuma empresa. Além disso, temos conhecimento sobre os diferentes perfis de cada seguradora. Há aquelas que são mais vantajosas para um determinado tipo de automóvel. Outras que tem o melhor preço para um bairro específico. Esses dados fazem diferença na hora de fechar o contrato.
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