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Fonte: Último Segundo
O desempenho da previdência privada aberta no primeiro semestre surpreendeu até mesmo os executivos da área. A captação no período atingiu R$ 16,7 bilhões, crescimento de 9,6% em relação a igual intervalo do ano passado.
"É algo que deve ser comemorado", afirmou o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Renato Russo. "No início do ano, o quadro era preocupante", disse, em alusão aos efeitos da crise global no Brasil.
Em termos absolutos, foi a maior captação da história do setor para um primeiro semestre. A taxa de expansão, porém, é bem inferior à de 2006, 2007 e 2008, quando ficou acima de 20% - sempre em relação ao mesmo período do ano anterior. Deve-se observar, ainda, que grande parte dos R$ 16,7 bilhões advém dos planos já contratados pelos poupadores - que já chegam a 12 milhões.
Segundo Russo, a surpresa se explica pela expectativa de que muitos poupadores poderiam interromper os depósitos por causa da crise. A maior parte dos produtos vendidos no País não prevê contribuição mensal - ou seja, o fluxo pode ser volátil pela falta de periodicidade nos aportes.
O balanço da Fenaprevi mostrou, ainda, domínio dos planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), com captação de R$ 12,8 bilhões no semestre (quase 77% do total). Dois fatores explicam a diferença: os benefícios fiscais em e o fato de o VGBL ser um seguro de vida. "Isso permite que as pessoas indicadas pelo segurado tenham acesso à poupança", explicou Russo.
Outra característica dos primeiros meses de 2009, apontada pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), é o predomínio dos planos de renda fixa, cujo rendimento acompanha a taxa básica de juros (Selic).
De janeiro a 30 de julho, a captação dos fundos de previdência privada estava positiva em R$ 8 bilhões. Praticamente tudo entrou nos fundos de renda fixa. Em um momento em que a Selic alcança os menores níveis de história, o desempenho surpreende analistas, e o próprio Russo.
"O mercado de varejo reage lentamente aos movimentos", ponderou. "Mas creio, pessoalmente, que a curva vai se inverter nos próximos meses (ou seja, mais recursos serão aplicados em produtos de risco, como ações)."
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