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BB espera dobrar em cinco anos participação na área de seguros


Fonte: O Globo

BRASÍLIA - O presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, afirmou hoje que espera dobrar, "talvez em cinco anos", a participação da instituição na área de seguros. Na semana passada, o BB retornou à liderança do ranking das instituições financeiras no Brasil e passou a se preocupar também com a reestruturação das operações do segmento de seguros. A participação da área de seguridade no resultado do Banco do Brasil é pequena, se comparada à dos concorrentes, e chega a 12%.

"O banco é rápido e eficiente [para atingir a meta em cinco anos]. E isso não é fundamental só para o BB, mas para qualquer banco e para o sistema bancário. A contribuição da área de seguridade na composição de resultado de um banco é extremamente expressiva. Nós não temos ainda essa expressividade tão boa como alguns de nossos concorrentes e queremos buscar esse mesmo grau de eficiência", afirmou.

Segundo Bendine, existe um acordo de confidencialidade com os sócios para evitar comentários sobre o assunto, mas o que o BB quer é uma ampliação da captura de valor pela instituição. Ou seja, ampliar a participação no capital que tem nessas empresas. Bendine não quis adiantar o cálculo da ampliação, mas admitiu que pode ficar entre 30% e 40%.

Quanto ao acordo fechado entre a Nossa Caixa (comprada pelo Banco do Brasil) e o grupo Mapfre, no setor de seguros de vida e previdência, Bendine informou que existe um contrato de exclusividade nos atendimentos de balcão com essa empresa, assim como existem contratos de exclusividade do Banco do Brasil com outras empresas. "Mas o que nós estamos rediscutindo, dentro desse modelo, é a questão da exclusividade no balcão único, que passa a haver agora [depois da compra da Nossa Caixa]. Isso significa que a gente tem de optar por um sócio em detrimento de outro, em um determinado ramo", disse.

Vale notar que a americana Principal é a parceria do BB para o segmento de previdência, enquanto a Sul América é sua sócia em outros ramos, como veículos e saúde.

Bendine explicou, no entanto, que acha difícil o BB optar apenas pela espanhola Mapfre, pois o banco estatal brasileiro deve respeitar a especialidade de cada um dos sócios, que, segundo ele, "contribuíram muito para o modelo existente".

Sobre a Aliança Brasil, cuja participação da Aliança da Bahia foi adquirida no ano passado pelo BB, Aldemir Bendine disse que a ideia é que, com a reorganização das operações de seguro do banco, isso seja "melhor realinhado". Já sobre a americana Principal, o presidente do BB lembrou que trata-se de uma empresa que tem parceria com o banco na parte previdenciária, mas não quis antecipar como ficaria a situação da empresa, se houver o acordo com a Mapfre.

"É muito cedo para falar sobre isso ainda. Qualquer uma das três eu acho que tem possibilidade de aumentar ou diminuir a participação", ressaltou Bendine, sem querer antecipar o modelo a ser adotado.

Ele disse ainda que tem interesse também de entrar no mercado de seguro imobiliários, que considera um setor rico, mas afirmou o banco ainda não tem um produto pronto para oferecer aos clientes.


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