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Prudential lucra mais 494,2% no 1º semestre


Fonte: Portal Nacional de Seguros

A Prudential do Brasil, seguradora de vida individual do grupo norte-americano Prudential Financial, encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 20,8 milhões, crescimento de 494,2% na comparação com os R$ 3,5 milhões de igual período do ano passado.

De acordo com o presidente da companhia, William Yates, o resultado refletiu ganhos com a adoção de um novo sistema de cálculo das reservas atuariais da Prudential. Se este efeito fosse descartado, o lucro seria de R$ 12,8 milhões, 265,7% maior que o do primeiro semestre de 2008. Os cálculos são feitos em USGAAP, o padrão contábil dos Estados Unidos.

Nosso primeiro semestre foi excelente. Para nós, não houve crise. Nosso negócio é seguro de vida individual, que está ligado à necessidade das pessoas. Quando a economia está bem, esta necessidade não aumenta, mas também não diminui quando o quadro é de recessão, como o que nós estamos atravessando. A crise passou à margem da empresa, disse Yates.

A receita de prêmios de seguros aumentou 22% em relação ao primeiro semestre de 2008, totalizando R$ 87 milhões. O crescimento foi influenciado, segundo o executivo, pelo sucesso dos corretores na comercialização dos produtos da Prudential. O número de corretores cresceu 26% nos seis primeiros meses deste ano. Nos últimos sete anos, período de atuação da Prudential no Brasil, estamos crescendo a uma taxa média anual de 28,5%. Nosso crescimento é forte e tem sido contínuo ao longo do tempo, afirmou.

O capital segurado da companhia fechou julho acima da casa dos R$ 14 bilhões, 18% maior que em igual período de 2008. As apólices cresceram 16,6% nos seis primeiros meses do ano, totalizando 43 mil.

A participação de mercado da companhia ao final de junho de 2009 era de 22,3%, ocupando o segundo lugar do ranking de seguros de vida individual. Em junho de 2008, a fatia da Prudential era de 17,8%.

De acordo com Yates, os negócios do Brasil ainda não são muito expressivos de forma global para a companhia. O executivo destacou, porém, que o País oferece muito espaço para o mercado crescer. A área internacional da Prudential existe há muito tempo e nós somos uma parcela pequena disto. Por outro lado, o Brasil é visto como um grande mercado potencial. Nossos produtos são voltados para clientela de classe A e B. Parece pouco, mas é mais gente que a população da Argentina.

Segundo Yates, um dos diferenciais para o segundo trimestre é o Dotal Criança, produto lançado no final de junho para um segmento ainda não explorado no mercado brasileiro. Nosso carro-chefe continua sendo o seguro de vida inteira, mas lançamos no final de junho o seguro Dotal Criança. Este produto ainda não influenciou nosso resultado no primeiro semestre, mas será muito importante. É um produto para planejamento de projetos e sonhos para os filhos. Foi feito para crianças de zero a 13 anos de idade, abaixo da idade permitida pela legislação brasileira para que a pessoa tenha seu próprio seguro de vida.

Este seguro, de acordo com o executivo, é ideal para, por exemplo, para pais que queiram custear uma faculdade particular para seus filhos, no Brasil ou no exterior. O valor pode ser pago caso um dos pais morra ou ao término do período contratado. O Dotal Criança é um produto desenvolvido no Brasil e tem valor mínimo de R$ 25 mil. O produto foi criado para a realidade brasileira, já que, na maioria dos países em que a Prudential atua, é permitido fazer seguros de vida para crianças de qualquer idade.[2]

O presidente da Prudential acrescentou que o Dotal Criança tem uma contrapartida social. Como o produto tem forte ligação com as crianças e a empresa é preocupada com responsabilidade social, nós resolvemos fazer uma vertente direcionada ao investimento social. Estamos selecionando organizações não-governamentais e vamos reverter a elas 1% de todo o valor arrecadado em um mês específico com apólices que estão em um dos quatro primeiros anos de vigência. À medida que o produto se popularizar, aumenta nossa possibilidade de contribuir, disse Yates.


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