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Concorrência tende a aumentar


Fonte: Portal Nacional de Seguros - Santos,SP,Brazil

O desaquecimento da economia aliado à queda dos juros, mais o aumento da sinistralidade, fizeram do primeiro semestre um período difícil para o mercado de seguros, que viu a lucratividade desabar 10,5% sobre janeiro a junho de 2008, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Mas o quadro adverso tende a melhorar nesta segunda metade do ano, pelo menos é o que espera o presidente e CEO da Chubb Seguros, Acacio Queiroz, que prevê um semestre bastante competitivo.

O executivo julga inevitável o acirramento da concorrência porque as seguradoras vão querer suavizar a redução do lucro amargada nos primeiros seis meses do ano. Para Acacio Queiroz, a maximização do resultado e a procura pela economia de escala vão nortear os negócios de seguros daqui para a frente. A associação entre Itaú Unibanco e a Porto Seguro, de acordo com ele, segue essa linha, envolvendo a expertise da seguradora e os pontos de vendas da instituição financeira.

Não, a Chubb não planeja comprar companhias nem carteiras, descarta, quando indagado se os planos de expansão da seguradora também incluem aquisições. O nosso crescimento será orgânico, como tem sido nos últimos anos, e a distribuição de produtos focada principalmente no corretor de seguros, complementa.

E é na reação econômica que o executivo aposta, como alguns indicadores já apontaram no segundo trimestre. Apesar de previsões que apontam queda do Produto Interno Bruto, Acacio Queiroz crê em alta de 0,5% a 1% do PIB neste 2009.

OTIMISMO. O crescimento, segundo ele, virá do varejo, da indústria e dos serviços, o que vai impactar positivamente na atividade de seguros, da mesma forma que o aumento do crédito. Em sua análise, ele lembra ainda os efeitos positivos que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do projeto Minha Casa, Minha Vida exercem sobre algumas modalidades de seguros, como os de construção, garantia contratual e imobiliário.

Com a recuperação da economia, que está voltada para o mercado interno, Acacio Queiroz projeta crescimento de 15% nas vendas de seguros no segundo semestre, com o ano fechando em alta de 10%. Na avaliação dele, o crescimento da Chubb chega a dezembro entre 10% a 12%, com aumento da lucratividade. Ele comenta que a seguradora fez e continua fazendo o dever de casa para isso, com ações que contemplam, principalmente, a austeridade nas despesas administrativas e o rigor no gerenciamento de riscos, para conter o avanço da sinistralidade e obter uma compensação da queda do resultado financeiro.[2]

Acacio Queiroz diz que o lançamento de produtos, a maioria no primeiro semestre, também reforça o posicionamento estratégico da seguradora no mercado para os próximos meses. Nessa linha, a empresa adicionou à oferta produtos para vinícolas, de automóvel para mulheres e de responsabilidade civil para eventos. Ele adianta, sem detalhar, que mais dois produtos chegam ao mercado até o final do ano. Um dos seguros será voltado para o setor de prestação de serviços e o outro, para a área de tecnologia.


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