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Fonte: Estadão
Com o 23º avanço trimestral seguido ante iguais períodos do ano anterior, o consumo das famílias foi a estrela do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, quando cresceu 3,2%. Em relação ao primeiro trimestre, a alta foi de 2,1%.
"O consumo das famílias nunca deixou de crescer, mas a taxa, que tinha se desacelerado, voltou a se acelerar no segundo trimestre. Isso realmente faz muito diferença para o desempenho do PIB porque esse é o maior componente", comentou Rebeca Palis, gerente de Contas Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao mesmo período do ano anterior, a taxa chegou a um pico de 7,3% no terceiro trimestre de 2008, ao fim do qual a crise global eclodiu, caindo para 2,2% e 1,3%, respectivamente, no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009.
O crescimento do consumo das famílias, que persistiu ao longo de toda a fase de maior impacto da crise, é explicado pelo fato de a renda e o crédito não terem parado de subir. No segundo trimestre de 2009, ante igual período de 2008, a massa salarial real subiu 3,3% e o saldo nominal de operações de crédito para pessoas físicas no segmento não direcionado do sistema financeiro subiu 20,3%.
Técnicos do IBGE frisaram que a política de desoneração tributária em setores como automotivos e eletroeletrônicos também contribuiu para manter aceso o consumo das famílias. Rebeca ressaltou que essas medidas devem ter sido maior impacto no segundo trimestre.
O consumo do governo, por sua vez, uma medida parcial do custo do setor público, subiu 2,2% no primeiro trimestre, ante igual período de 2008, complementando o impulso à demanda do consumo familiar. Os impostos sobre produtos caíram 2,8% no segundo trimestre, ante igual período de 2008, contribuindo para fazer com que a queda de 0,9% no valor adicionado a preços básicos (PIB menos impostos) se ampliasse para queda de 1,2% do PIB. Rebeca explicou que o recuo está ligado à retração da produção industrial e da importação.
SERVIÇOS
O melhor desempenho entre os grandes setores do PIB na primeira metade de 2009 ficou por conta dos serviços, que cresceram 2,4% no primeiro trimestre, ante igual período do ano passado, e 2,1% no semestre. Em ambos os casos, os serviços, que representam 65% do PIB, foram o único setor a crescer, já que a indústria e agropecuária tiveram queda.
Entre os diversos segmentos dos serviços, destacaram-se no primeiro trimestre a intermediação financeira e seguros, com crescimento de 8,2%; serviços de informação (puxado pelos celulares e pela informática), com 6,8%; e outros serviços (onde estão a educação e saúde privadas), com 7,3%.
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