Notícias

A CONCENTRAÇÃO DE MERCADO E OS OPERADORES DE SEGUROS


Fonte: CQCS

Nestes últimos anos as empresas estão se tornando cada vez maiores, tanto na iniciativa privada como na pública, e estão crescendo por aquisição para ganharem mercado, comprando companhias menores para obterem grandes escalas.

Vemos alguns exemplos de aquisições ou associações como Bradesco - Novo Hamburgo e União de Seguros, Bradesco Seguros - Indiana , Mapfre - Vida Seguradora, Liberty - Indiana, Yasuda - Maritima, Zurique - Minas Brasil, Porto Seguro - Itaú Unibanco Seguros e no próprio governo federal com o apetite do Banco do Brasil no mercado financeiro e no mercado de seguros, gerando grandes discussões sobre distribuição de produtos.

E por falar em governo temos a concentração dos dados cadastrais do programa "Bolsa Família" com a Caixa, que possui mais de 11,5 milhões de familias atendidas, com quase 30 milhões de nomes, endereços e demais registros deste público das classes D e E, que vai merecer um capítulo a parte e dar muito o que falar, pois integram os clientes potenciais para micro seguros.

Este é o novo mundo!

No caso das corretoras de seguros esta tendência também já está instalada tanto com as corretoras mundiais como nas nacionais. A Lazam Mds (Grupo Suzano) é um notável exemplo de expansão por aquisição (comprou Weichert e Integridade - riscos corporativos, Providence - benefícios, RSI - automóveis, Fontana -automóveis e vida e ADDmakler -gerenciamento de riscos. Outros movimentos estão ocorrendo e serão anunciados em breve. Os bancos estão saindo dos altos riscos e repassam suas operações de seguros, principalmente auto para seguradoras que sabem trabalhar neste ramo e como consequencia terão maior rentabilidade pelo fato de agirem como intermediários em todo processo.

Não há lugar para tímidos nesta nova fase de mercado. O mais veloz chega primeiro. O ágil engole o lento, o crescimento ou a inércia tem seu preço. Novas aquisições, associações entre empresas, acordos de cooperação, compartilhamento de sistemas, de alternativas tributárias com menos impostos e tecnologias inovadoras são palavras de ordem neste nosso mundo plano.

Como ficam as companhias de seguros menores?

Cada uma deve procurar o seu nicho, a sua área, os seus canais de distribuição, seus agentes multiplicadores e seus corretores parceiros. Para as companhias menores o foco será a especialização em determinados ramos (não Auto) e atuação regional. As novas regras de solvência criam naturalmente esta seletividade. Qualificação e excelência no atendimento são diferenciais fundamentais para estas empresas, ainda que a internet seja um propulsor de negócios e de informações, a valorização das pessoas na atuação personalizada será relevante.

E os corretores de seguros?

Não há como deixar de citar que a profissionalização é a sua grande arma e o foco em nichos de mercado.

A força das grandes corretoras nas aquisições das menores, as redes de corretores associados, as cooperativas de corretores, os corretores agentes, corretores de micro seguros e as corretoras cativas das empresas maiores serão a tônica desta nova fase do nosso mercado. A elevada carga tributária destas empresas exigirá adaptações.

Temos vários canais de distribuição de novos produtos que serão oferecidos para os consumidores, preços mais acessiveis, a entrada das classes CDE como compradoras de seguros, comissões cada vez menores, preços baixos, massificação e administração rigorosa dos custos administrativos das corretoras de seguros.

Estamos aí com o micro seguro, que apesar de entraves burocráticos, da ganância fiscal do estado, da falta de definições, está se tornando uma realidade. Temos vários exemplos de sucesso na atuação de micro riscos. Um novo tipo de corretor de seguros vem aí, de micro seguro, para buscar um público de 100 milhões de pessoas que esperam por novos produtos, com preços competitivos e quem chegar antes sairá na frente. O seguro deve estar onde o consumidor está.

Em todo este nosso mercado de seguros e no novo mundo quem não mudar será mudado ou será comprado.
Nas crises e nos problemas muitos enxergam ameaças e outros observam neles grandes oportunidades.
Como você percebe será questão de compra ou de venda, de sobrevivência ou morte no mercado.

Depende apenas de cada um.

Luiz Osório Silveira
luiz.osorio@aplubcap.com


« Voltar