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Fonte: DCI
SÃO PAULO - A demanda de investimentos que o País terá por conta da Copa do Mundo de 2014 e do pré-sal deverá acirrar a concorrência dos fundos de private equity, devendo os bancos comerciais formar parcerias para atuar nesse setor. O Bradesco e o Pine são os pioneiros nesse movimento, um em parceria com o português Banco Espírito Santo e, o outro, com o grupo de investimentos norte-americano Global Emerging Markets (GEM), respectivamente.
Para o diretor da InterCapital Finanças, Fábio de Carvalho Pinto, o País irá demandar principalmente por investimentos nas áreas de infraestrutura, com concessões de rodovias, aeroportos e estaleiros, e óleo e gás. "Para os bancos, será interessante estar nesse fluxo financeiro como receptores de recursos", diz.
De acordo com ele, o fator determinante da atratividade desse setor foi a queda da taxa de juros básica, a Selic, que passou de 13,75% em janeiro para atuais 8,75%. "Isso reduziu a remuneração de aplicações financeiras como Certificado de Depósito Bancário e títulos públicos, havendo migração para investimentos de longo prazo." Aliado a isso, diz, está o grau de investimento conseguido pelo Brasil.
Ainda segundo Carvalho Pinto, os setores listados deverão ainda receber muitos investimentos estrangeiros, uma vez que não haveria recursos internos suficientes para atender a demanda que será gerada. "Essas são aplicações com garantias reais e um retorno de longo prazo, entre 5 e 10 anos, para clientes qualificados. Por isso, as parcerias foram feitas com instituições que já possuem grande expertise internacional para gerir esses fundos", afirma.
Segundo ele, há o retorno de liquidez para alguns países da Europa, e o Brasil e Índia, nesse momento, são os países que se destacam como oportunidade de investimento. Nesse cenário, o Mundial de 2014 seria uma janela de oportunidade. "O Brasil oferece oportunidade de investimentos em infraestrutura, onde não se investe há anos. A Copa é um evento transitório, no entanto, deixa benefícios remanescentes no País sede.
Já o pré sal, ainda a discussão está no início, ainda levará um tempo até conseguir a extração do óleo da camada, porém irá gerar necessidade de investimentos em estaleiros, que nesse caso, o governo deverá dar preferência à indústria nacional, que estava sem encomendas."
Já com vistas no Mundial de 2014 no Brasil, fontes de mercado comentam que o Grupo Espírito Santo estaria analisando constituir um fundo para investir na construção e operação de arenas esportivas no Brasil, em um negócio de aproximadamente 200 milhões de euros.
Consolidação
Sem instituições financeiras no mercado nacional que possam ser adquiridas, a entrada como gestor de fundos de private seria mais um nicho a ser explorado pelos bancos, para o especialista da InterCapital. As instituições já estão expandindo suas operações em seguros, com o Itaú Unibanco firmando parceria com a Porto Seguro e o Bradesco buscando alianças. "Com a esperada entrada desse fluxo de investimentos no País, via fundos, para os bancos é interessante passar a ser o receptador desse capital. Para eles, abre um nicho de investimento, onde estarão o capital estrangeiro e o nacional".
Parcerias
A parceria entre Bradesco e o Banco Espírito Santo criou a empresa a 2bCapital, que iniciará como gestora de fundos de private equity no Brasil, porém poderá expandir suas operações para outros fundos.
A 2bCapital será controlada em partes iguais pelas Bradesco Asset Management (BRAM) e Espírito Santo Capital, com um primeiro fundo no valor de R$ 500 milhões, com aporte de R$ 50 milhões de cada um dos dez sócios, e que será aberto para investidores nacionais e estrangeiros.
O fundo será multissetorial e investirá em companhias com receita anual superior a R$ 100 milhões, alto potencial de crescimento, boa gestão e rentabilidade crescente. Os investimentos podem incluir tanto participações minoritárias como de controle.
Já o Pine, por meio da Pine Investimentos, em conjunto com a GEM, irá administrar US$ 250 milhões, e foco em empresas brasileiras de médio porte, principalmente upper middle market e corporate. "Há interesse estrangeiro no Brasil por seu potencial de consumo", afirma o presidente da Pine Investimentos, Rodrigo Boulos. Segundo ele, inicialmente serão captados no exterior cerca de US$ 200 milhões para, depois, ser replicado no mercado nacional, onde se espera conseguir outros US$ 50 milhões.
Pactual
Um grupo de aproximadamente 25 sócios do Pactual acertou ontem sua saída do banco de investimentos, que volta a ser comandado por André Esteves e na próxima segunda-feira será relançado com o nome BTG Pactual. O grupo, que bate em retirada, irá embolsar cerca de US$ 700 milhões. Mas, antes, precisou aceitar algumas condições. O dinheiro não será entregue de uma só vez. Pelo acerto, os executivos, irão receber 76% agora e o restante em parcelas semestrais até julho de 2011. Nesse período, não poderão abrir ou associar-se a corretoras e bancos.
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