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Fonte : Diario do Nordeste
Você já viu ou foi protagonista de uma cena como esta: chuva forte e seu carro na rua alagada. Prosseguir e correr o risco de ficar com o veículo na água? Ou parar e esperar diminuir? Claro que o ideal é aguardar e não correr riscos. Mas se seu carro tem seguro, saiba que a seguradora dá cobertura em casos de submersão total ou parcial em água, ou seja, nos danos causados pela "mãe" natureza.
A dica foi dada pelo presidente da Associação dos Corretores de Seguros do Estado do Ceará (Ascor), Leniebson Rocha. Ele diz que é comum alguns segurados não lembrarem desse tipo de cobertura, pois as colisões e roubos são os motivos pela qual a maioria opta pela apólice. "Além da submersão parcial ou total, que pode vir a causar o calço hidráulico, queda de árvores, muros ou postes em carros também fazem parte da apólice", explica.
A chuva vira sinônimo de prejuízo para os motoristas quando a água que penetra na parte dianteira durante a travessia de trechos alagados ocasiona o calço hidráulico. O problema ocorre quando os pistões comprimem água em vez de ar, travando o motor. "A tomada de admissão de ar do motor está posicionada normalmente abaixo da linha dos faróis para aspirar ar mais frio para o motor", conta o presidente, que também é diretor de uma empresa de seguros.
Nestes casos, deve-se atravessar sempre em primeira marcha, no intuito de evitar que a água atinja bobina e distribuidor. O motorista deve dirigir na faixa central da pista e evitar manobras bruscas que causem "ondas". As trocas de marcha devem ser evitadas. Isso porque a saída dos gases de escape evita que a água entre pelo escapamento, estancando o motor.
Só os peritos podem identificar o momento em que ocorre um calço hidráulico. Se o motor apagar numa travessia de trecho alagado, deve-se evitar dar partida. O recomendado é empurrar o veículo para um local seco e verificar o estado da bobina e do distribuidor, sempre por um mecânico de confiança, pois o calço hidráulico causa o travamento do motor.
"Aconselho retirar o filtro de ar, para ver se há passagem de água, com o filtro encharcado ou excesso de água na caixa de ar", diz o mecânico Pedro Silveira, que nesse período recebe dez carros por semana com esse tipo de problema. Segundo ele, as peças mais afetadas são bielas, válvulas, pistões e velas de ignição. Em muitos casos, ocorre a contaminação do óleo pela água, tornando necessária sua substituição e a dos filtros de ar e de óleo. Em média, o custo da reparação para um veículo de média cilindrada, incluindo mão-de-obra para desmontagem e montagem do motor e peças, é de, aproximadamente, mil reais, mas há casos em que pode chegar a até R$ 5 mil, dependendo da marca, das peças, e do modelo do carro.
Perda total
O presidente da Ascor, Leniebson Rocha, lembra de um caso em que o dono de um Honda Fit, que tinha seguro, gastou R$ 4 mil no mecânico ao atravessar a Avenida Heráclito Graça, totalmente tomada pela água. "Ao ser informado que o caso era coberto pelo seguro, tentou ser indenizado", conta. "Mas aí não tem mais jeito, pois nenhum procedimento de vistoria e perícia foi realizado", explica.
O dirigente orienta que, quando o carro fica submerso, além do calço hidráulico, são afetadas a parte elétrica, pintura, tapeçaria e bancos, o que pode levar, se for o caso da perícia assim determinar, a Perda Total (PT), do veículo. Nesses casos, a seguradora providencia o pagamento do valor de mercado do carro ao segurado, que paga a franquia.
Ele faz a ressalva que isso não se aplica em casos de práticas de off-road, ou seja, travessia de rios, lagos, ou na beira de mar, na praia, já que os riscos são assumidos pelo próprio praticante. Por isso, amigo leitor, fique atento em locais como as avenidas Heráclito Graça, Domingos Olímpio, Aguanambi e Av. do Canal, pois são locais que sempre alagam com as chuvas. "Além da apólice, o ideal é ter um corretor de seguros de sua confiança para lhe orientar, assim podem ser evitados prejuízos ou futuras dores de cabeça", conclui.
DICAS
Evitar vias alagadas
Atravessar sempre em primeira marcha
Se ocorrer o alagamento do veículo, ligar para o corretor de seguros
Corretor fará um aviso de sinistro à Seguradora
Veículo deve ser rebocado para vistoria e orçamento
Se for dano parcial, o segurado será responsável pela franquia
Seguradora arca com o prejuízo das peças e a mão-de- obra
Se o caso for de Perda Total, segurado receberá o valor de mercado do veículo
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