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Fonte: Valor Econômico
Antes de passar pela sua pior crise, no fim da década de 90, a Golden Cross tinha 20 hospitais e 70 centros médicos próprios. Depois de perder a sócia americana Cigna, em 1999, e ficar à beira da falência, a companhia se reestruturou e se desfez de todas essas estruturas. Hoje, na contramão do que suas concorrentes vêm fazendo, a Golden Cross não pretende voltar a ter uma rede própria de atendimento.
"Está totalmente fora de questão verticalizar", afirma João Carlos Regado, presidente da Golden Cross, usando o jargão empresarial que denota a incursão de uma empresa em diversas etapas da cadeia produtiva. "Ser dono de pedra e cal não é nosso negócio."
Companhias como Intermédica, Amil, Medial e cooperativas do sistema Unimed investem para ter hospitais, laboratórios e centros médicos próprios, embora cada uma delas utilize essa infra-estrutura em proporções diferentes. A Intermédica, por exemplo, praticamente só oferece atendimento em sua rede própria, enquanto as outras costumam dar acesso a empresas credenciadas. Os argumentos a favor da "verticalização" são geralmente dois: maior controle de custos e qualidade de atendimento adequada aos produtos vendidos.
Para Regado, porém, a quantidade de hospitais e laboratórios existentes em grandes capitais é suficiente para atender a demanda da Golden Cross, a um custo acessível. Seguradoras, como Bradesco e SulAmérica também só trabalham com rede credenciada. "Com tantos empreendimentos em saúde, é impossível não existir uma boa negociação entre operadoras e prestadores", diz.
Não é o que argumenta a Medial, por exemplo. A companhia, que abriu capital no fim de 2006, afirma que o Brasil ainda carece de grandes grupos hospitalares, por exemplo, capazes de reduzir significativamente o custo dos serviços devido aos ganhos de escala. Por causa disso, a Medial decidiu criar sua própria rede e hoje tem 10 hospitais.
"O fato é que temos um espaço nos mercado por não sermos verticalizados", afirma Regado. "Pesquisas mostram que os clientes preferem hospitais ou laboratórios que não estão ligados às operadoras de saúde." Em 2007, a Golden Cross obteve receita líquida de R$ 1,09 bilhão e lucro líquido de R$ 26,6 milhões. O caixa era de R$ 243 milhões. A companhia estuda abrir capital em 2009. (RC)
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