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Futuro tranqüilo: garanta uma renda extra


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Fonte: Clicrbs


Aumenta procura das mulheres por planos de previdência privada

As mulheres estão bem mais conscientes sobre a necessidade de cuidar do futuro e garantir uma boa aposentadoria.

A afirmação é da consultora de finanças Eliana Bussinger, que recebe cada vez mais dúvidas de suas clientes sobre os melhores investimentos a longo prazo.

Os planos de previdência privada nunca foram tão procurados por mulheres, segundo empresas do setor. Elas representam 55% dos clientes deste tipo de investimento do Itaú, 50% da Mongeral, 47% da Sul América, 45% da Tokio Marine Vida e Previdência e 42% da Brasilprev.

Este mercado, aliás, teve o seu melhor resultado em 2007: fechou o ano alcançando a marca de R$ 28,096 bilhões no Brasil, com avanço de 22,73% na comparação com 2006. Os dados são da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), entidade que reúne 89 empresas do setor.

A grande participação no mercado de trabalho e o fim do mito do "marido-príncipe-encantado-que-tudo-banca" seriam alguns dos motivadores para a aderência das mulheres a estes planos, na opinião da consultora.

O aumento das taxas de divórcio levou as mulheres a se sentirem mais vulneráveis financeiramente, com medo de não terem com quem contar no futuro. Além disso, 18,5 milhões delas já são chefes de família. Apesar de a expectativa de vida da população estar aumentando (68,2 anos em média para o homem e 75,8 anos para a mulher, segundo o IBGE), não acho que elas tenham tanta consciência desta longevidade na hora de fazer um plano de previdência privada - diz Eliana Bussinger, autora dos livros "As leis do dinheiro para mulheres" e "A dieta do bolso", da Editora Campus-Elsevier.

Seja qual for o motivo que as levam a aplicar a longo prazo, o fato é que as mulheres se diferenciam dos homens em relação ao perfil de investidor.

O público feminino é mais conservador e disciplinado, e a inadimplência é menor. A contribuição mensal delas (R$ 180 em média) é menor do que a deles (aproximadamente R$ 210), mas as mulheres entram nos planos mais cedo e, por isso, podem contribuir menos num prazo maior - explica Sidney Famelli, gerente de produtos da Real Tokio Marine Vida e Previdência.

Na Brasilprev, 41% das mulheres têm até 30 anos, enquanto a média entre os homens cai para 34%. No Itaú, 27% das mulheres estão na faixa dos 25 aos 39 anos e 7% abaixo dos 24. Os planos não possuem limite de idade, mas naturalmente quem começa mais cedo tem mais vantagem, lembra Bussinger. Segundo a consultora, as mulheres costumam optar por produtos financeiros como os PGBLs e os VGBLs.

Maioria dos clientes de previdência privada está nas classes A e B

Existem dois tipos de fundos: os abertos e os fechados. Os primeiros, criados por instituições financeiras, são acessíveis a qualquer pessoa. E os fechados são voltados para grupos de empregados ligados a determinadas empresas ou associações profissionais. Em ambos, há resgate mensal ou integral do valor capitalizado pelo contribuinte ao longo de um período determinado.

Se o empregador contribui para a sua previdência privada, ótimo. Mas se você não conta com esta ajuda, primeiro deve avaliar se pode dispor de 10% do seu salário para investir num plano durante pelo menos dez anos. Este é o tempo mínimo para começar a pagar impostos menores - recomenda a consultora.

Sidney Famelli lembra que a previdência privada serviria para complementar o salário de aposentadoria de quem ganha mais de R$ 2,8 mil, teto de benefícios do INSS.

Mas há pessoas que, mesmo sendo supridas futuramente pelo INSS em até 70% do salário, optam pela previdência privada para ter uma renda maior.

A autora do livro "As leis do dinheiro para mulheres" destaca que é preciso estar atenta a alguns detalhes antes de escolher um plano de previdência privada:

Primeiro, investigar a solidez da instituição que oferece o plano e seu histórico, afinal, você vai investir a longo prazo e não quer correr o risco de o banco quebrar no meio do caminho. Em segundo lugar, verifique todas as taxas, incluindo as de administração e de carregamento. Em época de juros baixos, qualquer diferença nestes valores conta muito. E vale lembrar que investimentos de longo prazo sempre precisam superar a inflação - afirma Bussinger, lembrando da questão da portabilidade:

Significa a possibilidade de trocar de plano ou até mesmo de empresa se não estiver satisfeita.

Segundo a Fenaprevi, o ranking de captação em 2007 é o seguinte: a Bradesco Vida e Previdência lidera com 37,91% do total arrecadado, seguida pelo Itaú (18,01%), Brasilprev (11,57%), Unibanco (6,51%), Caixa (5,81%), HSBC (4,44%), Real Tokio Marine (4,25%), Santander (4,20%), Safra Seguros (1,62%) e Icatu Harford (1%) As demais seguradoras somam, no total, 4,69% da captação.

Para obter mais informações sobre os planos e as instituições, os interessados podem consultar o Banco Central, os órgãos de defesa do consumidor e a Superintendência de Seguros Privados (Susep).



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