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Fonte: Funenseg
Máquinas, automóveis, informática, transporte, móveis e metalurgia básica contribuíram com 60% do PIB industrial
Nilson Brandão Junior e Jacqueline Farid
Os dados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que seis setores industriais voltados ao consumo doméstico concentraram 60% de toda a expansão industrial de 2007. A produção do setor de máquinas e equipamentos avançou 17,7%; setor automotivo, 15%; informática, 14,4%; equipamentos de transporte, 13,9%; móveis, 7,4%; e metalurgia básica, 6,8%.
Esses segmentos contribuíram com 3,6 pontos porcentuais do crescimento de 6% da produção industrial do ano passado, segundo o economista da LCA Consultores, Bráulio Borges. De maneira simplificada, a produção desses setores seguiu para o consumo das famílias (caso de automóveis e computadores) ou para investimentos (caso das máquinas)
De maneira geral, as atividades voltadas ao mercado interno puxaram o crescimento da economia do País em 2007, segundo os dados do IBGE. As áreas com maiores expansões foram intermediação financeira (13%), serviços de informação (8%) e comércio (7,6%). No setor de serviços, o principal destaque foi a intermediação financeira, cujo crescimento no ano passado foi mais do que o dobro dos 6,2% do ano anterior. Essa atividade inclui os segmentos de bancos, seguros e previdência complementar. "Esse crescimento foi muito ajudado pelo crescimento do volume de crédito na economia", disse a gerente de contas trimestrais do IBGE, Rebeca Palis.
O desempenho da Positivo Informática em 2007 reflete bem a temperatura do consumo interno. O faturamento da empresa cresceu 54,3%, para R$ 2,092 bilhões em 2007, e as vendas chegaram a R$ 1,389 milhão de computadores. O movimento levou a empresa a ficar entre os dez maiores fabricantes de computadores de mesa do mundo.
O vice-presidente financeiro da Positivo, Lucas Guimarães,diz que o avanço do crédito e da massa de renda das famílias estimulou o consumo e as vendas à classe C. Além disso, ele destacou efeitos positivos da desoneração de impostos sobre o produto com a "MP do Bem", desde 2005, e o programa Computador para Todos, que funciona como um estímulo ao financiamento no varejo para o setor. O movimento mais forte provocou a contratação de 824 empregados no ano passado. A empresa encerrou o mês de dezembro com 3.014 empregados.
"O crescimento do mercado interno é importante, porque gera um efeito multiplicador. Mais contratações, mais consumo, mais produção e novos investimentos", diz o economista da LCA. O consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Gomes de Almeida, concorda com esses efeitos positivos, mas alerta: depender muito da demanda interna não é o ideal.
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