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O Desafio do Resseguro Saúde


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Fonte:Funenseg

Passado pouco menos de um mês da abertura do mercado de resseguros, representantes de seguradoras, corretoras, resseguradoras e entidades de classe lotaram o Seminário Internacional Resseguro Saúde, realizado ontem (14/05), no Hotel Pestana Rio Atlântica, no Rio de Janeiro. No evento, promovido pela Escola Nacional de Seguros, ficou claro que, para ser implantado no Brasil, o resseguro saúde vai precisar se adaptar às regras do sistema de saúde suplementar.

Um dos destaques foi o diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Murilo Chaim, que fez uma apresentação sobre o que representa para o Brasil a recente implantação da Lei Complementar 126, que regulamenta o resseguro no País. Ele falou sobre as regras que estão sendo aplicadas, os tipos de resseguradoras que poderão atuar no mercado segurador brasileiro e destacou, logo na abertura, a importância dessa mudança para o setor no Brasil.

O diretor da autarquia voltou a enfatizar que a abertura do resseguro aconteceu em um momento positivo do Brasil: boas perspectivas econômicas, elevado potencial de crescimento do mercado de seguros, menor exposição do País a catástrofes e maior diversificação climática. E que as perspectivas são promissoras: menores custos nas operações, maior agilidade nas inovações, maior nível de eficiência e maior capacidade de subscrição. Mas destacou que as seguradoras terão alguns desafios pela frente, como a gestão dessas inovações, o foco em resultados, a profissionalização do mercado e a estruturação de um programa específico de resseguros.

Murilo lembra, ainda, que o maior desafio será o de adaptar a atual legislação para o segmento de saúde suplementar. E que, como a lei é voltada para o mercado de seguro como um todo, Susep e ANS vão precisar conversar e ajustá-la inclusive para operadoras de planos de saúde.

A diretora da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, que coordenou os debates, também acredita que o primeiro grande desafio do resseguro saúde é a legislação. Segundo ela, o momento é ideal para esclarecer uma série de dúvidas fundamentais para os próximos passos da abertura desse mercado: que tipo de empresa de saúde suplementar poderá contratar o resseguro (seguradora, operadora de plano de saúde, medicina de grupo), quais os requisitos necessários para que o contrato seja firmado entre as partes e quem vai regular esse mercado: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ou a Susep, que já formaram um grupo de trabalho para estudar o assunto.


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