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Energia terá benefício com a maior competição no resseguro


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Fonte: DCI - São Paulo - SP

O setor de energia será um dos beneficiados com a abertura do mercado de resseguros. Segundo especialistas, com a entrada de outras empresas dispostas a dividir o risco das operações de usinas com seguradoras, serão encontrados produtos mais sofisticados e com melhores condições. "O setor de geração em si, seja ele de hidroelétricas, termoelétricas ou eólicas, atrai o mercado e investimentos como um todo. Assim,condições melhores de seguros fomentam essas aplicações", disse o presidente da Comerc Comercializadora, Marcelo Parodi.

Quebrado o monopólio do 1RB-Brasil, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) estima que 15 empresas do ramo tenham sua atividade liberada até o fim do semestre. "Os sinistros são menos freqüentes, mas, quando ocorrem, têm alto grau de severidade. Assim, o resseguro funciona como uma pulverização dorisco entre as empresas", explicou o diretor de Desenvolvimento de Negócios de Energia e Riscos de Engenharia para a ACE América Latina, Edson Wiggers, utilizando como exemplo um caso norte-americano ocorrido em 2005: os furacões Katrina, Rita e Wilma somaram mais de US$15 bilhões de prejuízos ao setor.

Parodi citou os leilões de energia do complexo do rio Madeira. O megawatt-hora (MW/h)na Usina de Santo Antônio será de R$78,87. A de Jirau, cuja venda ocorreu nos últimos dias, será de R$ 71,40. "Foi garantida uma produção de 2 mil MW/h por ano. Apenas a consumidores cativos, isso representa R$ 876 milhões. Se houver algum problema, o prejuízo será muito grande", contou, excluindo custos com maquinário e impacto ambiental. Por fim, as geradoras de energia terão de melhorar a administração do risco, já que as resseguradoras não serão obrigadas a aceitar negócios muito "perigosos". "O segmento deve manter um programa de manutenção, seguir orientação dos fabricantes e investir em tecnologia", finalizou Wiggers.






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