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Resseguradoras já têm autorização definitiva


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Fonte: Funenseg em pauta / Altamiro Silva Júnior, de São Paulo

A Swiss Re e a J. Malucelli receberam ontem autorização definitiva para operar no mercado de resseguros do Brasil, que foi aberto a outros competidores em abril. A autorização foi publicada no Diário Oficial e permite o início das operações comerciais das duas empresas no país.

A J. Malucelli Re será a primeira resseguradora privada brasileira. Segundo Alexandre Malucelli, vice-presidente da JM, as operações devem começar na próxima segunda-feira, dia 2. Segundo ele, a empresa está fechando os contratos de retrocessão (o resseguro do resseguro) e deu entrada ontem na Junta Comercial. "Será uma semana de muito trabalho", diz.

Pelas regras da nova legislação do setor, as resseguradoras locais terão uma reserva de 60% dos prêmios do mercado brasileiro. Ou seja, primeiro este percentual terá que ser oferecido a elas, para depois chegar às outras resseguradoras, as admitidas (estrangeiras que operam por meio de escritório de representação) e as eventuais (com sede no exterior e sem escritório no país).

A JM se junta ao IRB-Brasil Re, que teve o monopólio do setor por quase 70 anos. Outras empresas também se candidataram a operar como ressegurador local, como a XL, mas ainda não receberam a autorização definitiva.

Já a Swiss Re tem uma estratégia diferente. Recebeu ontem autorização definitiva para criar duas resseguradoras no Brasil: a Swiss Re America e a Swiss Re (Zurique). As duas estarão na categoria admitida. A idéia é operar em todos os segmentos e conseguir reter mais riscos.

"O mercado brasileiro poderá se beneficiar de nossa experiência global", afirma a empresa em uma nota. A Swiss Re é a maior resseguradora do mundo.

Aos poucos, o mercado brasileiro começa a se adaptar ao novo cenário. O IRB, dizem fontes do setor, já recusou vários riscos, que normalmente aceitaria caso tivesse o monopólio.


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