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Fonte: Info Corporate Online
A necessidade de adequar a empresa às regulamentações pode ser interpretada pela área de TI de duas formas: como uma dor de cabeça a ser vencida ou, ao contrário, como uma boa oportunidade para modernizar sistemas e processos. Na Marítima Seguros, uma resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi um excelente motivo para criar um portal de relacionamento que transformou sua convivência com cerca de 8 mil prestadores de serviços, entre hospitais, laboratórios, clínicas e consultórios. A ANS instituiu, em 2005, um padrão para a troca de informações eletrônicas entre as operadoras de planos de saúde e os prestadores de serviços.
Até dezembro deste ano, todos os prestadores de serviços, aí incluídos os profissionais liberais, deverão adotar o sistema, chamado Tiss (Troca de Informação em Saúde Suplementar).
Ele determina que as informações necessárias para o preenchimento das guias e demonstrativos sejam enviadas aos planos de saúde no formato XML. A intenção é simplificar os processos e reduzir custos com papel.
"Sob o ponto de vista de tecnologia, o Tiss é importante para o setor de saúde porque permite o enriquecimento das informações que trafegam, melhor entendimento dos procedimentos médicos e, principalmente, evolução na padronização do setor", afirma Marcelo Bartiloti, superintendente de TI da Marítima Seguros, empresa com 720 mil segurados, sendo 165 mil em saúde, e patrimônio líquido de 90,6 milhões de reais. Segundo Bartiloti, com o Tiss as transações tendem também a se tornar mais ágeis, porque há uma redução na participação das empresas intermediárias, conhecidas como hubs, responsáveis pelas operações eletrônicas entre os prestadores de serviços e os planos de saúde.
Essas melhorias, segundo Eduardo Brunetti, gerente de informática da área de saúde da Marítima Seguros, contribuem também para uma análise mais objetiva da chamada sinistralidade, a relação entre o uso dos planos de saúde e o custo pago pelo usuário. Entender melhor essa equação pode ter reflexo direto na margem de lucro das seguradoras. O padrão das informações determinado pelo Tiss ampliou a base de dados dos segurados da Marítima. "Antes recebíamos guias incompletas, o que retardava o processo de análise. Essa ineficiência já não existe mais", diz Brunetti.
Oportunidade
A primeira impressão da Marítima Seguros, em relação à adoção do Tiss, apontava para o aumento de custos entre 10% e 20% com mão-de-obra, além do investimento para modernizar os sistemas legados. "Havia temor em relação aos custos, mas a tecnologia escolhida permitiu a manutenção do mesmo quadro de profissionais e o estreitamento da relação com os prestadores de serviços por meio do portal", diz Bartiloti.
O projeto começou em meados de 2006, quando a companhia resolveu desenvolver o portal baseado no software Ensemble, da empresa InterSystems, integrado com o sistema legado, desenvolvido em Cobol. Foram criados, então, três canais de recepção para o Tiss: digitação por meio do portal, upload dos dados e uso de web services. As empresas de conectividade não sumiram. Elas são responsáveis ainda por 10% do volume de transações eletrônicas recebido pela Marítima Seguros.
Além de atender às regras do Tiss, o portal oferece funcionalidades para o prestador de serviços, que pode acompanhar o processo de pagamento das contas médicas. "O prestador consegue identificar as razões pelas quais uma conta médica não foi paga", diz Bartiloti. A intenção da empresa é ampliar o uso do portal. "No futuro, as autorizações deverão seguir pelo mesmo caminho do portal", afirma.
Segundo Bartiloti, todos os prestadores de serviços adotaram o padrão de conteúdo do Tiss, mas o papel ainda não sumiu totalmente. "Cerca de 83% dos 12 mil prestadores cadastrados já enviam os dados em formato eletrônico", diz. Desse total, 3% usam o método de digitar no portal, 70% fazem o upload dos dados e o restante utiliza as empresas hub.
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