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Indenização com crédito fica em 9,5%


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Fonte: Gazeta Mercantil

Um grupo de trabalho internacional, do qual participam 21 companhias do setor de seguro de crédito - detentoras de 95% do mercado global -, apresentou na XX Assembléia da Pasa/APF (Panamerican Surety Association - Associação Panamericana de Finanças) ontem, no Rio de Janeiro, os resultados de um estudo que consolidou dados de todas as empresas nos últimos três anos para definir o percentual da probabilidade máxima de perda das operações do setor.

Esse conceito, conhecido pelos nomes de PML (probable maximum loss) e LGD (loss given default), procura estabelecer quanto a seguradora perde, em média, nas operações de crédito consideradas "default", isto é, nas quais há uma perda devido à falência ou outra insolvência do pagador e que é coberta pela apólice.

Segundo Richard Wulff, presidente sênior executivo da Munchener Ruck, do grupo Munich Re, a novidade do estudo é que apesar de as percepções do setor terem sido inicialmente de uma média de 25% a 40% de perdas máximas nas operações de inadimplência, na verdade a taxa não passa de 9,5%. "Os dados do setor indicam uma variação de 6,7% a 12,3%. Mas a média ponderada, excluindo-se as operações atípicas, os pontos fora da curva, é de 9,5%", explicou.

Nas fases das operações de seguro de crédito que antecipam quaisquer fatos concretos que evidenciam a insolvência, o índice é ainda mais baixo: 6,1%. O estudo revelou, também, que as grandes seguradoras têm um menor LGD que os pequenos. "Suponho que seja pelo fato de que elas têm uma rede maior de agências em todo o mundo e estão mais próximas do risco e têm uma capacidade de agir mais rapidamente quando há sinais de risco." A LGD também é menor nos casos em que as seguradoras trabalham com muitas operações de menor valor", raciocina o executivo, um dos líderes do grupo de trabalho.

Desde 2002, o seguro de crédito na América Latina apresenta um forte crescimento, com taxa média anual de 34% até 2007, e ainda pode dar novos saltos. A receita de prêmios, de US$ 35 milhões em 2002, pulou para US$ 150 milhões no ano passado. O Brasil produziu US$ 48 milhões.



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