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Fonte:
Fonte Gazeta Mercantil
O colapso do mercado de crédito imobiliário de alto risco (subprime) vai ocasionar prejuízos recorde para as seguradoras, superando os gerados pelo furacão Katrina, a maior catástrofe natural da história dos Estados Unidos.
O valor das baixas contábeis de ativos e dos prejuízos com crédito não-quitado registrados pelo setor alcançou pelo menos US$ 38 bilhões, pouco menos que os US$ 41,1 bilhões em pedidos de cobertura decorrentes do furacão Katrina, que matou mais de 1,5 mil pessoas e deixou mais de metade da população de Nova Orleans desabrigada em 2005, segundo mostram dados reunidos pela Bloomberg.
O AIG (American International Group), maior seguradora do mundo, contabilizou o maior prejuízo trimestral de seus 89 anos de história devido à queda dos investimentos vinculados a contratos de crédito imobiliário. Seu principal executivo, Martin Sullivan, disse aos acionistas no mês passado que é possível que a empresa contabilize ainda mais prejuízos em meio à maior depreciação do mercado norte-americano de imóveis residenciais dos últimos 25 anos. O Índice KWB de Seguros encerrou 2007 com seu pior trimestre dos últimos cinco anos e caiu mais 15% este ano, até a última quinta-feira.
"`Esse acontecimento é maior que o Katrina", disse Robert Haines, analista de seguros da CreditSights."``Ele é muito mais sem precedentes."
A AIG, a Ambac Financial Group e a MBIA foram as empresas que registraram os maiores prejuízos vinculados aos mercados de crédito imobiliário. A AIG encabeçou a lista, com US$ 6,7 bilhões em prejuízos causados por títulos lastreados em crédito imobiliário residencial e mais de US$ 11 bilhões decorrentes dos credit- default swaps, que protegem os investidores em papéis de renda fixa contra a inadimplência das empresas tomadoras. As ações da AIG, sediada em Nova York, tiveram sua maior queda dos últimos 20 anos no dia 11 de fevereiro, após auditores terem detectado que a AIG lançou mão originalmente de fórmula equivocada para avaliar suas carteiras e, por isso, subestimou seus prejuízos.
A Ambac, segunda maior seguradora de bônus, realizou cerca de US$ 6 bilhões em baixas contábeis com a deterioração dos mercados de crédito. A MBIA, a maior, sofreu mais de US$ 3 bilhões em prejuízos. A marca alcançada pelo setor, de US$ 38 bilhões em perdas, inclui 15 empresas com ações negociadas em bolsa e sediadas nos EUA e nas Bermudas, e exclui seguradoras controladas por detentores de apólices e empresas européias. O ano passado foi a primeira vez desde pelo menos 1999 em que o valor contábil conjunto -- ativos menos compromissos financeiros -- das 24 empresas do Índice KWB de Seguros caiu, segundo dados da Bloomberg. A retração foi de 0,9 por cento, comparativamente à alta de 7 por cento registrada em 2005 depois da temporada sem precedentes de furacões.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Bloomberg News)
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