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Autorizada a operar no país há duas semanas, Munich Re já tem mais de dez contratos, diz executivo


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Fonte: Valor Online

Autorizada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) há duas semanas a operar no mercado brasileiro como resseguradora local, a alemã Munich Re já fechou mais de uma dezena de contratos para operar no país. O presidente da empresa, Nikolaus von Bomhard, evita falar em cifras, nomes de clientes ou projetos com resseguro contratado, mas afirma que o número de contratos firmados no país já está em dois dígitos.

Como não temos meta de volume, também não falamos de receita. O importante agora é, com paciência, terminar as negociações que começaram um pouco antes da concessão da licença, frisa Bomhard, acrescentando que a resseguradora não vai fechar todas as negociações que estão em andamento.

O executivo explica que o objetivo da empresa no país não é atingir uma meta de volume contratado ou de fatia de mercado, mas brigar para conseguir os contratos que ofereçam risco, preços e condições adequadas. Bomhard lembra que está no Brasil há 11 anos, desde que a companhia vislumbrou a possibilidade da abertura de mercado no país. Desde então, mesmo com a abertura demorando mais do que pensavam, o escritório foi mantido, o que permitiu à Munich Re negociar de forma mais próxima com o IRB Re e aprofundar relações com clientes potenciais para o mercado pós-abertura.

Nós aguardamos 11 anos e não vamos arriscar o que conseguimos só para ganhar market share. Precisamos de paciência porque o mercado faz coisas que não faremos e no início vamos entrar um pouco aos freios, acrescenta Bomhard, frisando que a abertura não será, necessariamente, sinônimo de preços menores. Depende do produto. O IRB, de alguma maneira, foi um filtro e, aí, claro que às vezes podem dizer que os preços ficaram um pouco mais altos, mas nem sempre é assim, porque também há riscos onde o preço hoje já está adequado.

Com uma equipe de 40 pessoas no país, a Munich Re espera que o mercado brasileiro de resseguros, que oscilou em torno de R$ 3 bilhões no ano passado, dobre de tamanho dentro de três ou quatro anos. A projeção da empresa é de que o país supere no futuro o México, como o maior mercado para o setor na América Latina.

Em relação aos investimentos que podem ser feitos no futuro, o diretor-presidente da Munich Re para o Brasil, Kurt Müller, ressaltou que a empresa está atenta às oportunidades que poderão ser geradas pelos investimentos da Petrobras para exploração dos reservatórios de óleo e gás na área do pré-sal.

A Petrobras tem um grande plano de investimentos para os próximos anos e provavelmente nós vamos participar no seguro desses riscos, desde que tenhamos preços e condições adequadas a isso, afirma Müller.


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