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Fonte:Gazeta Mercantil
Tudo indica que o governo não conseguirá liberar todos os recursos de subvenção que estão disponíveis neste ano para o seguro rural.
Tudo indica que o governo não conseguirá liberar todos os recursos de subvenção que estão disponíveis neste ano para o seguro rural. Em entrevista exclusiva à Gazeta Mercantil, o diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura, Welington de Almeida, acredita que neste ano podem sobrar de R$ 15 a 20 milhões por falta de demanda, mesmo diante de um ano em que o clima causou pesados prejuízos às lavoura, com excesso de chuva em algumas regiões e estiagem prolongada em outras. Habituado a conviver com o risco, o agricultor brasileiro resiste a comprometer uma parte da sua renda para ter a segurança de que será ressarcido por eventuais perdas de produção. "O seguro rural no Brasil, que começou no ano passado com o início do programa federal de subvenção, ainda está engatinhando", diz Almeida.
Gazeta Mercantil - Quanto que o governo já concedeu neste ano de subvenção ao seguro rural?
Welington de Almeida - Os recursos comprometidos com a subvenção até o dia 27 deste mês, quarta-feira, representam um pouco mais que 50% do orçamento previsto para o ano, de R$ 99,5 milhões. Até ontem, o governo já tinha apurado R$ 53,6 milhões comprometidos com a subvenção do seguro agrícola. E foram 46,326 mil apólices contratadas pelo setor agrícola. "A nossa expectativa é de não atingir a totalidade dos recursos, pois faltam apenas 40 dias para encerramos o ano. Já trabalhamos com a estimativa de liberar subvenção de R$ 75 milhões a R$ 80 milhões, apenas".
GZM - Qual é a importância do capital segurado e o valor do prêmio arrecadado pelas seguradoras, até agora?
Welington de Almeida - O valor do prêmio arrecadado foi de R$ 111,9 milhões, dos quais R$ 53,6 milhões são de recursos subsidiados pelo governo. Quanto à importância segurada, ainda não recebemos isso das seguradoras, mas a nossa estimativa é de fechar o ano com capital segurado de R$ 5 bilhões.
GZM - Quanto foi pago, a título de sinistro, aos produtores rurais neste ano, diante das condições climáticas desfavoráveis que ocorreram no decorrer de 2007, como geada e estiagem?
Welington de Almeida - Essas informações só teremos no relatório final deste ano, que só receberemos no final dele. Mas é possível que algumas seguradoras tenham tido prejuízo, principalmente no primeiro semestre, quando houve incidência de granizo na região Sul do País. Possivelmente, deve ter ocorrido sinistro com trigo e milho safrinha.
GZM - Quais são as culturas agrícolas que mais demandaram seguro rural no decorrer deste ano?
Welington de Almeida - Os produtores de soja são líderes nas contratações, principalmente do Paraná e Goiás. A cultura de soja responde por quase 50% das contratações, depois vem a maçã, milho, uva e trigo.
GZM - O que falta no Brasil para o seguro ganhar mais proporção no campo?
Welington de Almeida - O produtor rural precisa adquirir uma cultura de contratar seguro, o que já começa a despontar no País. No Brasil, o seguro rural vem crescendo de forma mais significativa desde o ano passado, com a criação do programa de subvenção, mesmo com o atraso na liberação dos recursos. Em 2005, as seguradoras arrecadaram um montante de R$ 23,8 milhões, cifra que subiu para R$ 89 milhões no ano seguinte, e para R$ 111,9 até novembro deste ano. E nós trabalhamos com a perspectiva de atingir um orçamento de R$ 200 milhões no próximo ano. Isso são fatores fenomenais que mostram que o produtor começa a aderir ao seguro rural. Mas ainda estamos engatinhando neste segmento, pois se gastam R$ 110 bilhões para custear uma safra agrícola anual. Temos muito espaço ainda para crescermos.
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