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Capitalização - Mercado aposta em plano estratégico


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Fonte: monitormercantil

Melhorar comunicação com consumidores é prioridade
O mercado brasileiro de títulos de capitalização, que no primeiro quadrimestre apresentou índice de crescimento de 13%, pretende aumentar sua participação no PIB brasileiro, atualmente em 0,3%. O setor vive a expectativa de que seu "plano estratégico" propicie esta oportunidade ao melhorar a comunicação entre o mercado e os consumidores.

"Nosso plano estratégico é muito fundamentado na melhoria da comunicação do setor, pois ele ainda não é bem compreendido pela população", afirmou o diretor executivo da Federação Nacional de Capitalização (Fenacap), Helio Portocarrero.

De acordo com o executivo, esse plano ainda está em um estágio embrionário de construção, já que a entidade que agrega as 12 empresas atuantes no mercado passa por um processo de estruturação, que envolveu o conjunto do mercado brasileiro de seguros, previdência complementar aberta e capitalização.

"Ainda estamos nos estruturando para produzir essa proposta", afirmou Portocarrero. Entretanto, alguns estudos nesse sentido vêm sendo realizados desde o último ano, e já foram objeto de comentários do titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Armando Vergílio dos Santos Júnior.

"O mercado de capitalização pode crescer ainda mais do que tem crescido, pois tem a vantagem de produzir um título que, mesmo que embuta um certo risco, esse risco é limitado", afirmou Portocarrero.


Classe C


Para o diretor executivo da Fenacap, este risco pequeno atrai uma parcela específica de clientela, em sua maioria oriunda de uma classe C que cresce em tamanho e obtêm melhoria de renda nos últimos anos. Outro atrativo para este público são os vários tipos de produto oferecidos no mercado, com prazos, premiação e percentual de retorno diferenciados.

Ainda sem o plano estratégico, o mercado recentemente comemorou algumas conquistas regulatórias para o setor, como a segmentação dos planos de capitalização e criação do corretor de capitalização. As medidas, tomadas pela Susep ajudam a organizar o setor.

Antiga reivindicação do setor, a segmentação dos planos de capitalização foi confirmada pela Carta Circular 365/2008 da Susep. A novidade foi bem recebida pela Fenacap, afirma Portocarrero, para quem a medida abre diversas possibilidades para impulsionar a expansão do mercado.

"O documento reconhece os diversos tipos de benefícios trazidos pelo título de capitalização, tanto que determina a segmentação em quatro modalidades". São elas: "Clássico", que devolve 100% do valor corrigido; "Compra-programada", para a aquisição de bens; "Popular", que oferece prêmios e sorteios; e "Incentivo", oferecido a empresas como atrativo à venda, e para evitar inadimplência.

A divulgação da circular foi especialmente comemorada pois consolidou a mudança de outro documento, a Circular 130 da Susep, que deixava em aberto a possibilidade de haver alterações em temas como preço mínimo e taxa de juros. Na época, a Fenecap reclamava ainda de uma possibilidade de haver uma padronização excessiva dos títulos.


Primeira etapa


Já a determinação de separar a atividade dos corretores de produtos de capitalização da carteira de seguros de vida e previdência garante ao setor um novo canal de vendas, estruturado e profissionalizado.

O novo formato prevê que o profissional que quiser se tornar um corretor de seguros das carteiras de vida e previdência terá que se especializar primeiro em capitalização, que consta na primeira fase da base curricular.

A Escola Nacional de Seguros inclusive já reestruturou sua grade curricular para a habilitação de corretores interessados na venda de títulos de capitalização, para quem Portocarrero manda um aviso: "como o preço dos títulos é relativamente baixo, o corretor que quiser atuar neste segmento tem que ter claro em mente que precisará de uma grande base de clientes".


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