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Seguro rural é um importante aliado para o desenvolvimento do setor agrícola


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Fonte: Fenaseg

Diferentemente dos países mais avançados, que incorporaram a gestão de risco e o seguro rural às políticas públicas, para garantir o crescimento sustentável da agricultura face à situação de instabilidade provocada pelos riscos climáricos, o Brasil convive com intervenções paliativas, como a renegociação da dívida agrícola, tornando a atividade rural cada vez mais onerosa para produtores e governo. Essa é a opinião de Antônio Marcio Buainain, professor do Instituto de Economia da Unicamp, um dos especialistas que participar das mesas redondas do Seminário Risco e Gestão Rural no Brasil, que começa hoje, às 18h30, no Auditório do Instituto de Economia da Unicamp, em Campinas.

Outro especialista no assunto, Wady José Mourão Cury, presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais - FenSeg, faz coro com o professor da Unicamp: "Um dos pilares do setor rural deveria ser o seguro agrícola". O governo brasileiro vem adotando medidas para consolidar a política agrícola brasileira sustentável, a exemplo do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro e o projeto Fundo de Catástrofe enviado ao Congresso Nacional. Porém, a situação deste mercado ainda não se normalizou. Prova disso é que, em 2007, o governo disponibilizou 100 milhões para o Programa e só 60 milhões foram utilizados, alerta Cury.

Para Pedro Abel, pesquisador da Embrapa Transferência de Tecnologia/ Escritório de Negócios de Campinas, algumas questões ainda precisam ser resolvidas, como a falta de parâmetros para medição do grau de risco de uma atividade. Ele defende a idéia de que é preciso implementar um programa de seguro eficiente tanto para o produtor, quanto para a seguradora e que o momento é propício, pois, todos os segmentos do agronegócio estão sensibilizados para a questão.

O seminário é destinado a produtores rurais; representantes dos governos federal e estadual, do sistema de seguro e resseguro, das universidades ligadas ao setor, das instituições de pesquisa pública e privada, dos fornecedores de máquinas e insumos, da indústria de transformação do agronegócio e demais instituições ligadas à questão agrícola brasileira.

Durante o evento, será possível promover o debate entre todos os agentes envolvidos no setor, levantando as necessidades para que a indústria do seguro rural se desenvolva de forma sustentável. Como resultado das discussões, será estabelecida uma agenda de ações que nortearão o futuro do seguro rural, tornando o evento um divisor de águas para o futuro da agricultura brasileira. A agenda terá o empenho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que, entre outras medidas, pretende constituir um grupo consultivo para colocar em prática as ações discutidas no seminário.


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